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ENTRETENIMENTO

10 mil homens vestidos de mulher desfilam em bloco no interior do Piauí

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Vale tudo, até dançar homem com homem e mulher com mulher, contrariando a música do saudoso Tim Maia. Foi assim com o Bloco das Corrupenbas, que desfilou na dessa terça-feira (4) pelas ruas e avenidas da cidade de Barras, Norte do Piauí, com mais de 10 mil homens vestidos de mulher.

Para o aposentado Raimundo Sousa, de 76 anos, no dia do desfile o preconceito não pode existir. “É uma festa bonita e alegre, todos os meus filhos participam e, olha que são 19 no total. Essa é uma brincadeira que todos respeitam”, disse Raimundo.

O agrônomo Thiago Rocha montou fantasia lembrando o programa Bolsa Família (Foto: Gil Oliveira/G1)O agrônomo Thiago Rocha montou fantasia lembrando o programa Bolsa Família (Foto: Gil Oliveira/G1)

O agrônomo Thiago Rocha disse que participa do bloco todos os anos e resolveu de última hora montar um personagem. “Vim de Dona Maria, com seus três filhos e aproveitei para agradecer o benefício que recebo do Governo Federal através desse cartaz”, brincou Thiago.

Foliões usaram toda a criatividade para desfilar no Bloco das Corrupembas (Foto: Gil Oliveira/G1)Foliões usaram toda a criatividade para desfilar no
Bloco das Corrupembas (Foto: Gil Oliveira/G1)

Já o estudante Júnior Atividade destacou que resolveu homenagear a Copa do Mundo de 2014, que acontece no Brasil. “Vim fantasiado de Copa do Mundo. O bom dessa festa é que todos podem se divertir e até mesmo acabar um pouco com o preconceito”, destacou Junior.

O jovem Luizinho Lopes destacou que a festa também é importante para quebrar preconceitos. “Sou homossexual e acho a festa muito bonita, porque todos se respeitam. A cada ano tem mais gente e homens adoram se vestir como a gente”, relatou Luizinho.

O organizador do Bloco das Currupenbas Betinho Rodrigues conta que tudo começou ainda na década de 1970. “Sou dono de um bar e na terça-feira de carnaval saímos nas ruas da cidade, com charretes, fantasiados de mulher. Éramos um grupo pequeno, só os homens da comunidade. Depois de alguns anos, o Carnaval ficou tradicional na cidade e com isso, outras pessoas vindas de fora começaram a se juntar a nós. Hoje acredito que tenha mais de 10 mil pessoas”, contou Betinho.

Para ele o sucesso da brincadeira é porque tudo acontece de forma livre e sem custos. “Não temos fins lucrativos e para brincar basta estar fantasiado de mulher, pode ser de qualquer jeito, o tema é livre para o folião pular atrás do trio. Todos os anos invento uma música em homenagem as Corrupenbas”, afirmou Betinho.

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Fonte: G1

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