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Cerca de 200 mil usuários do PLAMTA e IPMT podem ficar sem atendimento

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Pelo menos 50 estabelecimentos, entre clínicas, hospitais e laboratórios conveniados ao Plano Médico de Assistência e Tratamento (PLAMTA) do Governo do Estado do Piauí e ao Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Teresina (IPMT) pretendem suspender os atendimentos aos usuários dos planos em razão dos atrasos no pagamento de repasses do segundo semestre do ano passado. Segundo a entidade, os dois planos de saúde públicos contemplam pelo menos 200 mil usuários.

A decisão partiu do sindicato da categoria que na sexta-feira (6) encaminhou um ofício aos gestores dos dois planos de saúde onde estipulam um prazo de cinco dias para que estes se pronunciem sobre o problema.

Por meio de nota, o IPMT informou que está trabalhando para regularizar os débitos (leia íntegra da nota no fim da matéria). Já o PLAMTA informou que está reunido com os representantes dos hospitais e só dará uma reposta após o encontro.

Segundo o presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do Estado do Piauí (SINDHOSPI), Jefferson Campelo, o impacto causado pelas perdas financeiras para a rede clínico-hospitalar e laboratorial de Teresina, compromete a qualidade dos serviços realizados. A suspensão dos atendimentos deve atingir consultas, exames e cirurgias eletivas, ficando de fora as urgências e procedimentos em curso, como, por exemplo, pessoas em pós-operatório.

Com relação ao PLAMTA, o presidente disse que o plano não paga os estabelecimentos e profissionais conveniados desde agosto do ano passado, gerando uma dívida mensal de R$ 14 milhões, segundo Campelo.

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“Nós discutimos, negociamos, mas nenhum dos planos cumpriu os acordos firmados. Estamos em janeiro e eles não repassaram o mês de agosto para alguns prestadores de serviços, para outros não repassaram setembro e para outros não repassaram outubro. Diante disso, não temos como prosseguir com os serviços. São R$ 14 milhões que deixam de circular mensalmente”, informou.

Já em relação ao IPMT, além dos atrasos, Campelo disse que no mês de maio do ano passado foi fechado um reajuste na tabela de procedimentos que deveria ser equiparada a do PLAMTA.
O sindicato acatou, mas, segundo ele, o próprio IPMT, que fez a proposta, descumpriu o acordo. “Até o momento eles não reajustaram e não repassam os valores. Eles estão descumprindo algo que partiu deles mesmos”, disse.

Para Campelo, 2016 foi um ano difícil para todos os setores, devido a crise econômica que o país passa e que o setor de saúde foi um dos mais afetados. “Nós somos um dos setores mais atingidos pela crise, nossa tarifação é diferente da feita em outros setores, pois boa parte dos medicamentos e aparelhos que adquirimos, compramos em dólar. Parar os serviços não é a melhor saída, mas não temos outra opção”, ponderou.

Nota do IMPT na íntegra
Em relação aos pagamentos do IPMT para as credenciados, o Instituto informa que está trabalhando para regularizar os débitos. O presidente do Instituto, Paulo Roberto Dantas, irá conversar, individualmente, com toda a rede credenciada para estabelecer um cronograma de pagamento. Segundo os dados do Instituto, os pagamentos em atrasos são relacionados aos meses de setembro a novembro do IPMT Saúde e de outubro e novembro os do Plamte.

O Instituto informou ainda que o pagamento do mês de setembro será pago de forma imediata. Para se readequar à realidade econômica e financeira do país, irá realizar ainda um recadastramento de todos os credenciados ao Plano. O presidente Paulo Dantas destacou também que está sendo feito um levantamento para atualizar a relação de segurados e seus respectivos dependentes que estão vinculados ao IPMT.

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G1

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