Connect with us

GERAL

Energia coloca o Piauí à beira de um colapso

Publicado

em

O Piauí está à beira de um colapso por causa da má qualidade na distribuição de energia. De norte a sul do estado, o problema se grava, causando prejuízos, principalmente ao setor empresarial. Já a população, que viu em setembro o valor da tarifa de energia aumentar em 25%, sofre mais ainda no período mais quente do ano. As constantes interrupções queimam equipamentos, tornando impossível amenizar os efeitos do B-R-O BRÓ (expressão popular usada no Piauí para definir os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro como os mais quentes do ano).

Em Teresina, bairros inteiros estão ficando às escuras por horas seguidas cada vez com mais frequência, e as providências da Eletrobras Distribuição Piauí demoram e não resolvem tudo. Anteontem à tarde, o Centro Administrativo, que concentra dezenas de secretarias e órgãos da administração direta e indireta do Estado, ficou sem energia. O problema entrou pela noite, atingindo ainda parte do bairro São Pedro e da avenida Maranhão.

Ontem de manhã, as secretarias de Fazenda e Saúde continuavam sem luz por causa da explosão de um transformador. Os dois órgãos não funcionaram ontem. A tramitação de dezenas de processos foi prejudicada nas duas pastas. Há relatos da falta de energia em vários bairros de Teresina. Problemas simples de se resolver, como a restauração da canela de um poste, demoram até 48 horas para ser solucionado. Foi o que aconteceu nos órgãos do estado que funcionam no prédio da antiga agência do Banco do Estado, na rua 13 de Maio, Centro.

“No domingo caiu a canela do poste, ligamos para a Eletrobras e só hoje (se referindo a ontem) pela manhã vieram nos atender. Um serviço que não durou 15 minutos para ser feito demorou 48 horas para ser resolvido. Reclamamos na ouvidoria, mas só tivemos a energia de volta na terça-feira”, relatou o gerente administrativo da Agência de Fomento do Estado, Temistocles Batista.

No local, além da Agência de Fomento, funcionam a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), Instituto de Terras do Piauí (Interpi) e a Defensoria Pública do Estado. “Todos os órgãos tiveram seu funcionamento prejudicado. O prédio ficou sem ar-condicionado, sem elevador, dificultando o atendimento ao público. A Semar, por exemplo, atende cerca de 300 pessoas por dia. Na Agência de Fomento, onde trabalho, as operações de financiamento ficaram prejudicadas. Na Defensoria foi ainda pior, já que trabalha com processos, audiências”, disse ainda o gerente.

Publicidade

A assessoria de imprensa da Eletrobras foi procurada pelo Diário do Povo, ficou de enviar esclarecimentos, mas não  encaminhou o material.

Diário do Povo

Publicidade

Facebook

MAIS ACESSADAS