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Êxodo venezuelano: 47 imigrantes refugiados deixam Teresina em direção à Argentina

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Um grupo com pelo menos 47 venezuelanos deixou Teresina, nesta quinta-feira (27/06), em direção a Buenos Aires, na Argentina. Com a saída dos refugiados, apenas 156 imigrantes permanecem na capital. Cerca de 40% do índios refugiados em Teresina são crianças. As informação foram confirmadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semcaspi).

Segundo a Semcapi, a decisão pela saída da capital piauiense é entendida como um movimento normal, uma vez que os grupos têm características nômades e estão em Teresina de passagem. Assessoria pontuou que o destino do grupo pode mudar. Uma matéria da BBC afirmou que o fluxo dos Waraos é uma novidade para o Brasil. Apenas no ano passado começaram a entrar no país.

características nômades e estão em Teresina de passagem. Assessoria pontuou que o destino do grupo pode mudar. Uma matéria da BBC afirmou que o fluxo dos Waraos é uma novidade para o Brasil. Apenas no ano passado começaram a entrar no país.

Dentre os refugiados, o grupo está em situação de extrema vulnerabilidade, porque não falam espanhol nem português e enfrentam desafios para se integrar em contextos urbanos. O grupos caminham ou pegam caronas e ônibus em busca de emprego e de uma vida melhor. No caminho, pedem dinheiro e dormem nas ruas.

‘CIDADE ESTÁ DEIXANDO DE AJUDAR’

Movimento de partida dos índios se dá pela diminuição na ajuda que recebem das pessoas, diz voluntária (Foto: Reprodução)

Os venezuelanos acolhidos na capital não gostariam de ir embora de Teresina, é o que afirma Lucineide Rodrigues, coordenadora do Cáritas, órgão ligado à Arquidiocese de Teresina. A voluntária explicou que o movimento de partida dos índios se dá pela diminuição na ajuda que recebem das pessoas em Teresina.

“Eles vivem da ajuda da pessoas. Assim, eles andam nas ruas para pedir. No entanto, chega-se a um determinado momento em que a cidade fica saturada e eles têm de partir para outro local, onde eles recebam ajuda”, apontou.

Para a voluntária, o comportamento nômade dos índios venezuelanos refugiados em Teresina tem relação com a “má comunicação”, nas palavras da voluntária, desenvolvida na cidade em relação aos imigrantes.

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“Com o tempo as pessoas passam a ver os venezuelanos como um problema social. O poder público não tem políticas públicas para os refugiados, então é mais colocar a cidade contra eles para eles irem embora”, pontuou.

Recentemente, uma série de fake news sobre a vivência dos hermanos foi divulgada na redes sociais. Entre elas, boatos que os índios levariam crianças às avenidas de Teresina como artifício para que os refugiados possam reunir mais esmolas através da ‘boa vontade’ do teresinense.

No dia 27/06, a Prefeitura divulgou que os venezuelanos que forem flagrados com crianças em semáforos serão retirados à força.

SEM EDUCAÇÃO, SEM TRABALHO PARA REFUGIADOS

A cada dia 180 crianças venezuelanos cruzam a fronteira.

Lucineide descreveu à reportagem que boa parte dos venezuelanos têm o desejo de trabalhar. Os Waraos são índios e tem habilidades com atividades manuais. Para a voluntária, a Prefeitura poderia desenvolver políticas para integração deles em atividades agrícolas ou artesanais.

As crianças refugiadas também não têm tido acesso à educação na capital. Segundo a Lucineide, a educação direcionada aos pequenos é ainda mais difícil, uma vez que eles não compreendem o português, nem o espanhol.

“A Prefeitura manda um educador em raras vezes, mas é bastante difícil, pois eles não falam o idioma. O que a pessoa faz é colocá-los para desenhar”, afirmou.

Na última quarta-feira (26), a Câmara Municipal de Teresina teve uma audiência pública com o objetivo de discutir a situação dos venezuelanos em Teresina. Apenas três vereadores estiveram presentes para a discussão.

Fonte: Oito Meia

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