Número de detentos estudando no sistema prisional aumenta 31%

O Governo do Piauí, por meio das secretarias de Estado da Justiça e da Educação, matriculou 1.307 detentos para o ano letivo 2017 no sistema prisional piauiense. As aulas iniciaram no dia 13 de fevereiro.

Esse número indica que 31,2% das pessoas privadas de liberdade no Piauí estão, hoje, em sala de aula, nos presídios do Estado, considerando o total de detentos, que é de 4.192, atualmente.

Em relação a 2016, houve, portanto, crescimento no número de detentos estudando, já que, o ano foi encerrado com 20% de presos em sala de aula – ou seja, 838, em relação ao total de 4.182.

Em comparação à média nacional de pessoas privadas de liberdade estudando no sistema prisional (12,8%), o crescimento foi ainda maior – quase o triplo do percentual.

Comparando os números de 2017 e 2014 – quando apenas 164 detentos estudavam no sistema prisional do Piauí –, o aumento foi de 512%, de acordo com o Núcleo de Estatísticas da Secretaria da Justiça.

Programas

De acordo com a Sejus, funcionam no sistema prisional do Estado os programas Educação de Jovens e Adultos (EJA), Brasil Alfabetizado e Canal Educação.

Ainda segundo o órgão, 13 presídios contam com algum programa educacional, atendendo a meta do governo de universalizar o ensino prisional no estado.

Na visão do secretário da Justiça, Daniel Oliveira, o aumento no número de presos estudando reflete a preocupação do Estado em garantir acesso pleno à educação.

“Entendemos que apenas com educação podemos promover a transformação social necessária para vivermos em harmonia. Oportunizar, também, às pessoas privadas de liberdade nos presídios, acesso à educação, é fortalecer as bases da cidadania”, diz o gestor.

A secretária de Estado da Educação, Rejane Dias, observa que, ao ser levada para o sistema prisional, “a educação é vislumbrada em sua plenitude, permitindo aos reeducandos e á própria sociedade contemplarem a sua real função transformadora”.

Fonte: Ascom