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‘Penso em desistir porque não é a primeira vez’, diz motorista por aplicativo que teve carro danificado durante briga de trânsito

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Impotência é o sentimento que Janaína Santos diz ter sentido ao ter o carro danificado por um motociclista durante uma briga de trânsito. O caso ocorreu na tarde de domingo (12), na região do Conjunto Porto Alegre, Zona Sul de Teresina. A motorista por aplicativo contou ao g1 que já pensou em desistir da profissão, porque não é a primeira vez que é desrespeitada.

“Muitas vezes eu penso em desistir porque não é a primeira vez que acontece. Da outra vez foi um pouco mais grave, por causa de passageiro embriagado também. Nesse caso não foi um passageiro, mas da outra vez foi um passageiro embriagado que danificou meu carro, foi altamente desrespeitoso”, afirmou Janaína.

A motorista teve o para-brisa do seu carro trincado pelo motociclista. Um vídeo gravado por ela mostra o momento em que o homem utiliza o capacete para bater no vidro várias vezesJanaína relatou que estava com um passageiro dentro do carro quando ultrapassou a moto e, em seguida, o homem passou a atacá-la.

“Esse rapaz apareceu na moto, fazendo zigue-zague na minha frente. Ele deu um espaço e eu ultrapassei. Mas ele foi para frente do carro de novo, ficou fazendo zigue-zague e freando na minha frente. Fui mais devagar, mas uma hora ele acelerou dando a impressão que iria, mas parou de uma vez e eu acabei encostando na traseira da moto dele. Ele desceu da moto furioso, começou a bater no vidro da minha janela, dando socos, graças a Deus não quebrou”, contou ao g1.

A motorista conseguiu localizar a casa da mãe do motociclista com a ajuda de colegas de profissão. Foi feito um acordo e a família do homem irá transferir uma quantia em dinheiro para que Janaína realize o conserto do carro.

Motociclista bate em para-brisa de carro com capacete e trinca vidro em Teresina — Foto: Reprodução

Motociclista bate em para-brisa de carro com capacete e trinca vidro em Teresina — Foto: Reprodução

Apesar de ter a situação resolvida, o episódio fez a motorista pensar se continua na profissão, e contou que encontrou apoio nos colegas.

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“É uma profissão difícil, complicada, a gente passa por situações constrangedoras, com ou sem passageiro. Infelizmente nós não temos respaldo das plataformas, o respaldo maior é dos grupos dos motoristas, que a gente se apoia, age como foi uma família”, disse a motorista.

Impulsividade e frustração

Para a psicóloga Liliane Leite Moreira, este tipo de comportamento é consequência de uma impulsividade bastante presente na sociedade atual.

“Além de inúmeros transtornos mentais que têm como um dos sintomas a impulsividade, podemos entender que há no mundo atual, cheio de mudanças em todas as relações em que nos envolvemos, seja ela amorosa, social ou mesmo laboral, gatilhos que favorecem comportamentos atípicos para um meio onde se espera evidenciar a civilidade”, comentou a especialista.

A agressão é também resultado de uma perda da capacidade de administrar frustrações.

“Os rompantes, ou mesmo comportamentos agressivos são consequências de um grande sofrimento, muitas vezes acarretado pelo trabalho ou falta dele. Brigas no trânsito por exemplo podem evidenciar um desespero maior, em função de estar vivenciando perdas importantes para o agressor. Este sujeito perde a capacidade para administrar a frustração gerada, e tende a regredir e a se comportar como uma pessoa imatura e imediatista”, acrescentou a psicóloga.

Fonte: G1 PI

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