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MUNICÍPIOS

Projeto piauiense ganha destaque internacional em educação inovadora; veja lista dos municípios que tem o Programa

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O ensino de qualidade na rede pública é um desafio constante que precisa acima de tudo de um compromisso maior com o real sentido do ‘educar’. O Instituto ProBem é uma organização não-governamental, criada em 2010, que tem feito um trabalho silencioso e de valor inestimável na educação do estado do Piauí.

O Instituto nasceu de uma experiência de sucesso em Teresina, realizada na época da gestão de Washington Bonfim como secretário de educação do município. Ele liderou um grupo de profissionais que iniciou um trabalho de alfabetização para conquistar a meta da alfabetização na idade certa, que é o primeiro ciclo do ensino fundamental. O trabalho recebeu apoio do Unicef, que também passou a certificar as escolas, professores e até crianças que conseguiam ser alfabetizada até os 8 anos de idade.

A consultora do Unicef Ariel Mesquita com a coordenadora do programa, Carmem Portela. Fotos: Adriano Sousa.

 

Para dar continuidade ao trabalho, mesmo com a saída do secretário do cargo, um grupo de profissionais variados montou o Instituo ProBem. Hoje, são muitos os projetos desenvolvidos que também englobam a parte de gestão e orientações de secretarias. A parceria com o Unicef, entretanto, permanece levando o Programa Palavra de Criança como carro-chefe da instituição.

“Na época ninguém fazia formação do professor alfabetizador, e nós entendemos que para o professor dar o melhor de si ele não pode ficar pulando de um ano para outro, ele precisa ser formado e focado. Então, a intenção era formação do professor que era feita através de 5 seminários, mas como não podíamos fazer a em todos os municípios fazíamos com os coordenadores e eles passavam para os professores”, explicou a coordenadora Carmem Portela.

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A evolução do Palavra de Criança

Carmem contou que assim que o Ministério de Educação (MEC) teve o primeiro contato com o projeto eles foram extremamente receptivos à iniciativa. “Fomos convidados a participar de dois eventos do MEC e o projeto foi apresentado e bem aceito. Tanto que o MEC elaborou um projeto muito semelhante ao nosso, criando um programa que dá bolsa para formação do professor. Assim, o nosso Instituto levou o programa Palavra de Criança para os coordenadores, já que estes haviam ficado de fora do programa do MEC”.

O Instituto passou a trabalhar focado nos coordenadores, e assim o Piauí foi o único estado brasileiro que se destacou justamente por fazer a formação desses profissionais. Nesse ano de 2015, o Probem começou a integrar o programa Palavra de Criança na educação infantil, pegando não apenas as crianças de 6 a 8 anos, mas também as crianças de 4 anos. “Havia um vácuo muito grande entre a educação infantil e o ensino fundamental porque as pessoas entendem que a criança ao sair da educação infantil não precisa mais trabalhar com o lúdico. Porém, ela sai com 5 anos e ainda leva todo o seu aparato de criança”.

A proposta é trabalhar cada vez mais a proximidade do discurso do ensino infantil para o fundamental evitando as quebras drásticas cometidas no sistema atual. Junto à formação do professor, coordenador e diretor o próximo passo era fazer a formação também dos pais dos alunos. Isso porque os educadores perceberam que os pais eram muito ausentes do processo, achando que apenas entregando a crianças tudo já estaria resolvido.

Assim, o Instituto lançou outro projeto conhecido como “Família aprendendo junto” que funciona com encontros bimestrais que levam os pais para dentro da escola. “Nos encontros há interação com os pais e integração deles com o que é desenvolvido em sala de aula com os filhos, além de orientação para que os pais ajudem a criança a entender a importância da escola no seu dia a dia”.

Outro destaque recente do Palavra de Criança, foi que o projeto ficou entre os cinco primeiros colocados em um concurso realizado em New York (EUA). O concurso reuniu projetos de 400 países sobre iniciativas inovadoras na educação e com o destaque, o Unicef passou a financiar o projeto em 79 municípios do Piauí e mais 13 municípios em comunidades ribeirinhas no Amazonas, sendo aplicado nesse segundo estado dentro do “Alfabetizando na Floresta”.

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Uma visão mercadológica da escola

Por muito tempo as escolas cultivaram (e ainda cultivam) uma cultura extremamente unilateral de educação, onde a filosofia é de que o saber tem como ponto final a aprovação nos testes, concursos e vestibulares. Entretanto, esse pensamento que movimenta o mercado ligado à área da educação pode ser um grande vilão para desvincular o processo correto de educação que é capaz de formar cidadãos.

Questionada sobre os valores comerciais que muitas escolas insistem em praticar, a coordenadora do Palavra de Criança concorda que essa metodologia pode ser um grande empe cílio no processo educativo.  “As escolas querem mostrar que tem que passar, e o aluno que não consegue se enquadrar, às vezes, até dispensam. Acho que tem muito do conhecimento do professor, é preciso trabalhar a educação infantil que até pouco tempo atrás não era prioridade, pois todos os incentivos eram voltados somente para o ensino fundamental”.

Carmem também acredita que o problema da educação não deve ser atribuído a falta de dinheiro. “Os financiamentos já chegam às escolas, o que falta mesmo é focar. Até mesmo a formação é feita pela Plataforma Freire, tudo pago pelo MEC. Às vezes se coloca na educação infantil também apenas pessoas que já estão cansadas, que estão no fim de carreira e acreditam que não precisam se reciclar e ter melhor desempenho”.

 

CONFIRA A LISTA DOS MUNICÍPIOS PIAUIENSES QUE JÁ TEM O PALAVRA DE CRIANÇA

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POLO 1 – SUMANITA FONTENELE

1 ACAUÃ

2 ALVORADA DO GURGUÉIA

3 BARRA D’ALCÂNTARA

4 BOQUEIRÃO DO PIAUÍ

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5 CAJUEIRO DA PRAIA

6 COCAL DOS ALVES

7 CURRAL NOVO DO PIAUÍ

8 FRANCISCO AIRES

9 IPIRANGA DO PIAUÍ

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10 JOSÉ DE FREITAS

11 LAGOINHA DO PIAUÍ

12 MARCOS PARENTE

13 MURICI DOS PORTELAS

14 PADRE MARCOS

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15 PIRACURUCA

16 REGENERAÇÃO

17 SÃO GONÇALO DO PIAUÍ

18 SÃO MIGUEL DO TAPUIO

19 SIMÕES

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20 VERA MENDES

21 SÃO JOSÉ DO DIVINO

 

POLO 2 – ARIEL MESQUITA

1. ALTOS

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2. AROAZES

3. BENEDITINOS

4. CAJAZEIRAS DO PIAUÍ

5. COCAL DE TELHA

6. COLÔNIA DO PIAUÍ

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7. FRANCINÓPOLIS

8. HUGO NAPOLEÃO

9. JOAQUIM PIRES

10. LAGOA ALEGRE

11. MARCOLÂNDIA

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12. MONSENHOR HIPÓLITO

13. OLHO D’ÁGUA DO PIAUÍ

14. PAU D’ARCO DO PIAUÍ

15. PRATA DO PIAUÍ

16. SANTO INÁCIO DO PIAUÍ

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17. SÃO JULIÃO

18. SIGEFREDO PACHECO

19. VALENÇA DO PIAUÍ

 

POLO 4 – ANTONIA FLÁVIA

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1. ÁGUA BRANCA

2. ANGICAL DO PIAUÍ

3. BARRAS

4. BRASILEIRA

5. CALDEIRÃO GRANDE DO PIAUÍ

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6. COIVARAS

7. ELESBÃO VELOSO

8. FRONTEIRAS

9. JATOBÁ DO PIAUÍ

10. JUAZEIRO DO PIAUÍ

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11. MADEIRO

12. MILTON BRANDÃO

13. NAZARÉ DO PIAUÍ

14. PAJEÚ DO PIAUÍ

15. PIRIPIRI

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16. RIBEIRA DO PIAUÍ

17. SÃO JOÃO DA FRONTEIRA

18. SÃO PEDRO DO PIAUÍ

19. TERESINA

20. VILA NOVA DO PIAUÍ

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POLO 3 – MARIA DO DESTERRO

1. ALTO LONGÁ

2. ANÍSIO DE ABREU

3. BATALHA

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4. BURITI DOS MONTES

5. CASTELO DO PIAUÍ

6. COLÔNIA DO GURGUÉIA

7. FLORIANO

8. GUADALUPE

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9. JERUMENHA

10. LAGOA DO PIAUÍ

11. MANOEL EMÍDIO

12. MONSENHOR GIL

13. NAZÁRIA

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14. PARNAÍBA

15. PORTO ALEGRE DO PIAUÍ

16. SANTA CRUZ DOS MILAGRES

17. SEBASTIÃO LEAL

18. UNIÃO

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19. WALL FERRAZ

 

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