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Teresina

Vítima conta como médico vendia cirurgias realizadas pelo SUS em Teresina; profissional foi afastado

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Uma vítima contou como um médico investigado na Operação Bisturi, da Polícia Civil, vendia cirurgias realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Teresina. Conforme as investigações, o profissional chegava a cobrar cerca de R$ 5 mil por procedimento.

Além do médico, o esquema envolvia funcionários de pensões e técnico de enfermagem. As cirurgias eram realizadas no Hospital da Polícia Militar do Piauí.

A mulher, que preferiu não se identificar, pagou R$ 4 mil por uma cirurgia para retirada dos ovários. O procedimento estava marcado para o Hospital do Satélite, mas acabou acontecendo no Hospital da PM.

“Tentei fazer a cirurgia pelo SUS, não consegui. Até que um dia eu fui pra urgência do Hospital do Satélite e encontrei com o médico de lá. Ele me ofertou, me deu essa opção, que se eu tivesse R$ 4 mil, ele realizaria no prazo de dois dias. Então, sem pensar duas vezes eu topei. Minha situação era grave, minha cirurgia precisava ser realizada com urgência. O médico pediu que eu fosse até o hospital da polícia, que ele estava de plantão e que lá daria certo”, relatou.

A vítima contou que realizou o pagamento diretamente com o médico. Ela diz que entregou todo o dinheiro ao profissional e ele realizou a cirurgia.

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Além desse caso, a Polícia Civil deve acesso a conversas de outras supostas vítimas do mesmo esquema através de redes sociais. As pessoas, a maioria mulheres, denunciam o mesmo médico. O profissional não teve o nome revelado, mas foi afastado das suas funções.

A polícia segue em diligências e pode chegar a mais pessoas envolvidas. “Vamos ouvir os supostos autores, as vítimas e pessoas que têm conhecimento do esquema ou até mesmo outros integrantes do grupo”, disse o delegado Dennis Sampaio.

O Conselho Regional de Medicina (CRM) Piauí admitiu não ter recebido denúncias do caso sob investigação, mas afirmou se receber vai abrir sindicância intern. De acordo com resolução do Conselho Federal de Medicina, esta investigação acontece de forma sigilosa.

Fonte: G1 Piauí

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