Acusado de comandar estupros em Castelo do Piauí presta depoimento

Na manhã desta segunda-feira (22/06), o juiz Leonardo Brasileiro, titular da Comarca de Castelo do Piauí, colhe o depoimento do acusado Adão José de Sousa, de 40 anos, apontado como responsável por comandar as ações durante o estupro coletivo de quatro menores no município de Castelo.

De acordo com o delegado Laércio Evangelista, que comandou as diligências no dia do crime, a audiência ocorre no Fórum do município de Altos (PI), distante cerca de 30 km de Teresina. “Foi levado para lá devido questões de segurança. Não tinha como ser realizada em Castelo”, explicou.

Ainda segundo ele, na manhã desta terça-feira (23), policiais que participaram das diligências também prestarão depoimento para esclarecerem sobre a cena do crime. “Algumas testemunhas que acompanharam os policiais também serão ouvidas”, lembra.

Na manhã do próximo dia (24), está previsto o depoimento das vítimas. Das quatro, uma deles morreu poucos dias depois do crime. Duas receberam alta médica e passam bem. A última vítima segue internada no Hospital de Urgência de Teresina, mas passa bem e deve receber alta hoje ou amanhã.

O CRIME
Na noite do último dia 27 de maio, quatro menores foram abordadas por quatro adolescentes e um maior de idade, enquanto fotogravam para a realização de um trabalho escolar em cima de um morro no município de Castelo do Piauí, distante cerca de 190 km de Teresina.

Uma das menores foi obrigada a amarrar as demais para que os acusados pudessem cometer os estupros. Todos os acusados estavam sob efeito de drogas (crack, cocaína e maconha). Após estuprá-las, e as deixarem totalmente desfiguradas e desmaiadas, eles as arrastaram para o alto de uma pedra de aproximadamente 10 metros de altura, e as jogaram do penhasco.

Após caírem uma por cima das outras, os menores afirmam que foram induzidos por Adão, apontado como responsável por comandar o crime, para que pudessem descer o morro e desferir diversos golpes com pedras. As pedradas foram todas direcionadas na cabeça das vítimas.

 

O Olho