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POLÍCIA

PF será acionada para investigar criminoso com 5 registros no CPF

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O chefe da quadrilha que financiava veículos de luxo com documentos falsos no Piauí e Maranhão tem cinco registros com nomes diferentes no Cadastro de Pessoa Física (CPF) ativos. O delegado Matheus Zanatta, responsável pelo caso, revelou ao G1 que vai comunicar a Polícia Federal sobre o fato para que tudo seja investigado e o suspeito capturado.

“Durante a investigação nos causou estranheza o chefe do grupo criminoso ter todos estes nomes falsos com registros de CPF ativos. É preciso destacar que o documento é expedido por um órgão federal e atinge diretamente a União. Ainda não sabemos como ele conseguiu burlar o sistema e por isto vou acionar a Polícia Federal para investigar o fato”, declarou.

Carros de luxo eram vendidos por até R$ 30 mil (Foto: Polícia Civil/Divulgação)Carros de luxo eram vendidos por até R$ 30 mil
(Foto: Polícia Civil/Divulgação)

Ainda sobre o suspeito, Zanatta contou que chefe da quadrilha foi indiciado em 2006 por furto qualificado. Ele tinha uma empresa de telecomunicações em Teresina e foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime, após instalar um terminal telefônico clandestino.

Segundo o delegado, 12 carros de luxo foram apreendidos na operação deflagrada na segunda-feira (14) e outros dois veículos ainda estão sendo procurados. O esquema criminoso vendia carros de luxo avaliados em mais de R$ 250 mil abaixo do valor de mercado, utilizando documentos de laranjas. O prejuízo já ultrapassa R$ 2 milhões.

“A organização financiava esses veículos e depois de financiados eles pegavam e vendiam os carros na faixa de R$ 30 mil a R$ 50 mil. Até o momento identificamos que dois compradores foram realmente enganados pela quadrilha e pagaram o valor correto, inclusive, tinham cópias dos contratos de compra e venda. Enquanto as outras pessoas em posse dos veículos sabiam que o valor pago não era aquele e tinham consciência das irregularidades”, explicou Zanatta.

Para Matheus Zanatta, os compradores que agiram de má fé serão indiciados por receptação dolosa. Ele contou ainda que apenas um dos três integrantes do grupo criminoso continua preso, porque os mandados de prisão preventiva venceram o prazo. Os carros apreendidos foram levados para o pátio da Secretaria de Segurança do Piauí.

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“As três pessoas presas no início da semana foram a esposa do chefe da quadrilha, uma pessoa responsável pelo repasse dos veículos aos compradores e um funcionário de uma concessionária, que facilitava a documentação dos carros. Eles devem responder pelos crimes de estelionato, uso de documentos falsos, associação criminosa e falsidade ideológica”, frisou.

G1

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