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Brasil bate recorde na produção de energia solar; Piauí é 2º maior produtor
O Brasil ultrapassou uma marca histórica e agora conta com 1,1 gigawatt em capacidade instalada em usinas de energia solar em operação, patamar alcançado por apenas 30 países no mundo, disse em nota a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
O anúncio vem em um momento em que o país comemora a contratação de usinas solares pelos menores preços da história, em um leilão para viabilizar novos empreendimentos realizado pelo governo no final de dezembro, que atraiu forte interesse do mercado e gerou uma competição entre investidores que derrubou as cotações.
O Piauí ocupa o segundo lugar no Brasil como uma produção de 850 megawatts por dia. O líder é o Estado da Bahia.
A produção no Piauí é de 600 megawatts da maior usina de energia solar da América Latina, da empresa italiana Enel Green Power, de Roma, no município de Ribeira do Piauí, e de 250 megawatts por hora, da empresa espanhola Global Power Generation (GPG), de Madri, nos municípios de São João do Piauí e João Costa.
“Na geração centralizada, contamos com a inauguração de grandes usinas solares fotovoltaicas contratadas pelo governo federal em leilões de energia elétrica realizados em 2014 e 2015. As usinas em funcionamento estão localizadas principalmente nos estados da Bahia, Piauí, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Pernambuco e representam uma potência total de 0,935 GW”, informou o presidente da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.
A ABSOLAR disse que o Brasil entrou em 2018 com quase 1,1 gigawatt em instalações fotovoltaicas, o que representou um crescimento astronômico de 1.153 por cento frente aos apenas 87,7 megawatts ao final de 2016.
O resultado deve-se aos primeiros leilões realizados pelo governo brasileiro para contratar usinas da fonte, em 2014 e 2015, ambos com previsão de entrega dos empreendimentos em 2017.
Os projetos que foram arrematados no leilão de dezembro estão localizados nas regiões Nordeste e Sudeste, nos estados do Piauí (240 MW), Pernambuco (147 MW), Bahia (112 MW) e São Paulo (75 MW).
Projetos de grande porte, como essas usinas de leilões, respondem por 0,935 gigawatt em capacidade, enquanto pequenas instalações, como painéis solares em telhados, respondem por mais 0,164 gigawatt.
“Somando esses dois segmentos do mercado, atingimos praticamente 1,1 gigawatt operacionais desde o início de 2018”, disse em nota o presidente da ABSOLAR.
Ele destacou ainda que o país tem um dos climas mais favoráveis em todo o mundo para esses empreendimentos.
“O Brasil está mais de 15 anos atrasado no uso da energia solar fotovoltaica. Temos condições de ficar entre os principais países do mundo nesse mercado”, afirmou.
Apesar da forte expansão, a geração solar ainda é incipiente no Brasil, onde representa menos de 1 por cento da matriz elétrica. As usinas de geração do país somam cerca de 155 gigawatts, com predomínio das hidrelétricas, que respondem por cerca de 60 por cento da capacidade.
No leilão realizado em dezembro, o Brasil contratou 574 megawatts em novas usinas solares, que entrarão em operação a partir de 2021, por em média 145 reais, contra 245 reais na primeira licitação para a fonte, em 2014.
Fonte: Meio Norte | Foto: reproudção
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