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Presidente do TJ confirma monitoramento de presos do PCC no Piauí

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O presidente interino do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador José James, confirmou que presos por tráfico de drogas e detentos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), estão sendo monitorados no Piauí. O desembargador confirmou ainda que não existem facções no Piauí, eles são de outros Estados, cerca de três, e estão presos no Estado.

O PCC é uma organização criminosa que comanda rebeliões, assaltos, sequestros, assassinatos e narcotráfico. A facção atua principalmente em São Paulo, mas também está presente em 22 dos 27 estados brasileiros, além de países próximos, como Bolívia e Paraguai. A organização é financiada principalmente pela venda de maconha e cocaína, mas roubos de cargas e assaltos a bancos também são fontes de faturamento. A estimativa é que o grupo fatura cerca de 120 milhões de reais por ano.

“Temos em torno de 4.200 presos, desses mais de 60% são provisórios e estamos fazendo um esforço concentrado, designando quatro juízes auxiliares para ajudar nas varas criminais, mais um juiz para Parnaíba e outro em Picos. Dessa forma estamos buscando agilizar o julgamento e diminuir a tensão interna nos presídios. Mas isso não depende apenas dos juízes, nós precisamos do apoio do Ministério Público e defensoria, estamos convidando esses órgãos e na quarta-feira, vamos definir como realizar esse esforço concentrado”, afirmou o presidente interino do TJ.

O desembargador confirmou ainda que o Superior Tribunal Federal (STF) enviou 50 milhões para a Secretaria de Justiça do Piauí para melhorias na estrutura carcerária.

“A aplicação desse dinheiro ser feita pela Secretaria de Justiça, e vai para aquisição de novas vagas, construção de presídios e manutenção, além contratação de psicólogos, sociólogos, numa tentativa de retomar esse processo de ressocialização de presos”, e completa, “o estado tem necessidade de reaver forças e buscar caminhos porque isso aconteceu ao longo dos anos, o estado distanciou-se, não temos vagas, material humano e nem profissionais para acompanhamento do preso internamente e esse é o momento, o estado tem que resolver”, finaliza.

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O juíz Julio Cesar Garcez, juiz auxiliar da Corregedoria, detalhou como esta sendo realizado esse esforço que inicialmente atinge apenas as Varas Criminais.

Julio Cesar Garcez, juiz auxiliar da Corregedoria
Julio Cesar Garcez, juiz auxiliar da Corregedoria

“O esforço concentrado está se realizando a principio em três varas criminais de Teresina, a 7ª, 3ª e 4ª vara criminal e vai se estender até no mês de Fevereiro pra 9ª vara criminal, foram as quatro varas que nós identificamos o maior número de provisórios e a metodologia empregada é uma nova metodologia, não se trata apenas de um mutirão, ele pode até no primeiro momento ter esse viés, mas a conclusão disso chegará a uma situação permanente, esses juízes, são oito juízes do interior, cujo a  Comarca tem o numero de processo menor, que é obviamente é capital e eles vem pra trabalhar num horário diferenciado, o expediente da Justiça finaliza externamente às 14 horas, mas esse juiz começa a trabalhar das 14h às 20h da noite”, diz.

Os magistrados irão pegar os processos dessas unidades que estão sobrecarregadas e nesse turno diferenciado irão instruir e julgar o processo, culminando com sua missão ou condenação e condenação ou a manutenção da prisão ou a soltura do preso. Os números já são extremamente positivos, até agora foram oito dias úteis de trabalho, esse trabalho será até julho. Até o momento 25 processos já forma instruídos, 18 sentenças já prolatadas nesses oito dias.

“Essa é uma solução emergencial pra esse sistema prisional, mas ela não deve se resumir apenas isso, o Tribunal está evoluindo pra entender que nas varas criminais de Teresina, principalmente Teresina precisa dobrar esse túnel com uma nova força de trabalho, novos juízes, novos servidores e todos os parceiros ligados ao sistema da Justiça, Ministério Público, Defensoria e OAB também nessa ação”, comenta.

Fonte: Meio NOrte

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