Polícia alerta para onda de sequestros relâmpagos

Uma onda de sequestros relâmpagos vem assustando a população teresinense nos últimos meses. Segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança, acontecem, em média, 4 sequestros relâmpagos por mês na capital e que neste ano, até agora, 33 pessoas foram vítimas da prática.

Mais recente dos casos aconteceu nas dependências de um supermercado da zona Leste de Teresina, em que uma dentista foi colocada dentro do porta-malas de um carro. Ainda de acordo com as estatísticas daSecretaria, foram 17 homens e 16 mulheres que viveram momentos de pânico e angústia nas mãos dos sequestradores.

Em outro caso, ocorrido na manhã da última sexta-feira (7), por volta das 7h30, a proprietária de um veículo modelo Siena foi abordada no Planalto Ininga, próximo à região da UFPI, por um homem armado. A vítima foi obrigada ainda a tentar retirar dinheiro em vários caixas eletrônicos. Depois de andar por algumas horas, o assaltante abandonou a mulher no Morro da Esperança, na zona Norte. O veículo foi recuperado logo depois que a Polícia foi acionada.

Com isso, os policiais militares e civis estão trabalhando na captura e identificação dos criminosos, e segundo o tenente-coronel do Batalhão de Operações Especiais (Rone), Raimun-do Sousa, os casos sempre são premeditados e analisados pelos bandidos.”Para evitar esses tipos de situações, é importante tomar cuidado no uso de aparelhos celulares, sempre observar quem está ao redor. Se o ambiente tem muita circulação de pessoas, verificar se não há nenhum motoqueiro e redobrar os cuidados ainda mais se tiver com crianças ou idosos. Em toda a situação, orientamos as pessoas a não reagirem”, afirma o comandante.

De acordo com a assessoria da PM, a Polícia tem registrado várias ocorrências na região dos shoppings. Geralmente, são quatro ou cinco homens em motocicletas que praticam o assalto. Dois deles abordam as vítimas e os outros ficam dando cobertura
A empresária Nathália Leal e sua mãe passaram por momentos de apuros no início deste ano quando encerravam as atividades em seu sushibar, localizado no bairro Parque Piauí, zona Sul de Teresina. Ela conta que estava de saída do local e ia deixar um funcionário em casa, no bairro vizinho, o Promorar.

“Neste dia eu tinha pedido para o vigilante noturno me esperar na porta de casa, pois ele sempre me acompanhava. Quando estou na avenida principal do Parque Piauí e olho para o retrovisor rapidamente, vejo um carro que surgiu do nada acelerando em minha direção, logo pensei que fosse assalto ou sequestro, porque sempre ouvia os comentários de colegas policiais que são estudantes da UFPI e a mídia vinha abordando sobre isso. Eles bateram na traseira do carro na intenção de parar, só que eu acelerei e dobrei em uma rua lateral de calçamento e fui para o 4º Distrito Policial, que fica lá no bairro”.

Ela relata que muito abalada, não teve um suporte do policial e momentos depois seguiu para casa acompanhada do vigilante particular. “Eu me recordo que era um carro modelo Monza, por volta das 23h”, aponta Nathália.

A partir de então, ela adotou algumas medidas visando a sua segurança, “Só saio do sushi quando o vigilante está lá, ele sempre me acompanha agora, quando vou botar o lixo no mercado até a porta da minha casa. Às vezes, quando o movimento está parado depois das 22 horas, eu passo a chave na porta, até por medida de segurança, pois vários estabelecimentos já foram assaltados por perto, como por exemplo, as panificadoras, farmácia, pizza-ria, o bar do lado do sushi . Só abro a porta para quem é cliente conhecido depois das 22h”, finaliza a empresária.

 

Diário do Povo