Relato sobre joias entre criminosos pode ter sido para tirar o foco durante assalto na BR 020 em Santo Antônio de Lisboa

O assalto a uma família na BR 020 em Santo Antônio de Lisboa na noite de terça para madrugada de quarta-feira (08), deixou a microrregião de Picos totalmente perplexa.

A dinâmica do crime muito chamou a atenção da Polícia Militar e da Policia Civil – que teve conhecimento do caso durante o registro do Boletim de Ocorrência.

O crime

Criminosos armados com revólver e pistola, renderam uma família na BR-020, no território de Santo Antônio de Lisboa, onde tomaram de assalto um Volswagen Gol e demais pertences. Na ação eles utilizaram além do carro que andavam, mais um veículo de apoio e aparelhos de rádio comunicador portátil, o hand talk (HT).

Como estratégia usaram também os miguelitos jogados na estrada – objeto em forma de cruz usado geralmente para furar pneus de veículos.

“É uma ação organizada. Não era apenas aqueles que estavam naquele momento de fato rendendo eles. De fato tinha mais gente participando do crime”, destaca o tenente André Lima, comandante da 3ª Companhia da Polícia Militar de Santo Antônio de Lisboa.

Joias

De acordo com o oficial, o uso de rádio comunicador (HT) é uma das características que apontam que, a intenção do bando era roubar joias e que a família de Monsenhor Hipólito poderia ser o alvo errado. Por outro lado ele destacou também que ninguém sabe, fato que não se pode afirmar.

“Tudo indica que o intuito deles era outro. Ninguém sabe né. Existe um certo valor que foi retirado dessa família. Pode ter sido coincidência ou pode ter sido que eles já tenham armado para pegar aquele caso e essa questão de falar que tinha joias pode ser que seja para tirar o foco das investigações. Algo nesse sentido”, esclarece o oficial.

As três pessoas da mesma família foram rendidas no momento em que estavam trocando o pneu que havia furado. Eles se deslocavam de Monsenhor Hipólito até a cidade de Picos, onde uma mulher iria embarcar no terminal rodoviário.

Os bandidos deixaram a família amarrada dentro do mato onde permaneceram durante toda madrugada. Os homens amarraram as mãos das vítimas para trás com uma espécie de abraçadeira. Depois trocaram as amarras e colocaram as mãos das vítimas para frente.

Somente ao amanhecer do dia – quarta-feira – conseguiram se soltar e pedir ajuda. A guarnição da PM de Monsenhor Hipólito foi acionada e levou as vítimas até a Central de Flagrantes, em Picos, onde registraram o Boletim de Ocorrência.

De acordo com o oficial, o crime se configura como roubo e extorsão mediante sequestro, conhecido comumente também como sequestro relâmpago.

“Era um crime mais restrito aos grandes centros. Com o aumento da criminalidade vem se tornando mais comum na região interiorana, principalmente nas BRs, que são regiões mais isoladas de difícil acesso”, explica.

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