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Agora ministro, Ciro Nogueira chega ao auge e supera demais políticos piauienses
Agora como ministro-chefe da Casa Civil, é possível dizer que Ciro Nogueira (Progressistas) tenha chegado ao auge de sua carreira como político piauiense atuando em Brasília (DF).
Pelo menos entre os políticos da Nova República para cá. Ciro alcançou o ministério que mais se aproxima do posto de presidente da República. Nenhum outro havia ocupado algo parecido.
Ciro, aos 53 anos, foi deputado federal por três mandatos (de 1995 a 2010), eleito e reeleito senado (2011 e 2018) e, no mandato, agora licenciado, ocupava o posto de presidente nacional do Progressistas.
Líder do chamado ‘Centrão’, que é um grupo parlamentar capaz, por exemplo, de ser determinante em um provável processo de impeachment presidencial, Ciro estava indicando ministros e cargos ligados ao Governo Federal desde o mandato dos presidentes Lula, Dilma (ambos PT) e Michel Temer (MDB).
Com Bolsonaro, a aproximação ocorreu somente após a eleição de 2018. Ciro foi procurado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em um momento crítico. E tem dado certo. Desde a aliança com o Centrão, a tropa de choque do presidente aumentou para além dos bolsonaristas mais radicais.
A Ciro, como ministro-chefe da Casa Civil, cabe toda uma articulação que Bolsonaro precisa junto ao Congresso Nacional. Para quem não sabe, o parlamentar piauiense tem um bom trânsito no Senado e na Câmara. A maioria dos caciques o respeitam muito e viram com bons olhos a sua ida.
O auge que chega Ciro Nogueira, porém, pode lhe fazer desistir de um “sonho”, como ele mesmo sempre tem dito: O de ser governador do seu estado natal, o Piauí. Vai ser mais difícil cumprir uma agenda pelo estado. O mais comum será vê-lo ao lado do presidente Jair Bolsonaro no Planalto. Mas não se engane: a participação de Ciro, sendo candidato ou não, será crucial para o futuro do cenário político piauiense.
Antes de Ciro, os políticos do Piauí que mais se aproximaram do poder, no tocante à aproximação do presidente da República, foram João Henrique Sousa (MDB) –chegou a ser ministro nos governos Temer, Lula e FHC–, Heráclito Fortes (DEM) -nunca foi ministro, mas possuía um bom trânsito com os mais poderosos do Congresso quando tinha mandato–, Marcelo Castro (MDB) –assumiu como ministro da Saúde antes de Dilma sofrer o impeachment-, entre outros.
Por fim, aqui vale um asterisco: Petrônio Portella, tio da ex-esposa de Ciro, a deputada federal Iracema Portella, com certeza foi o político do Piauí que chegou mais longe, no que diz respeito a Poder. Mas as comparações deste texto tratam de tempos mais recentes, como dito nos primeiros parágrafos, pelo menos entre os políticos da Nova República para cá. Mas não custa lembrar: Petrônio era considerado uma “estrela” nos governos militares, lá pela década de 70. Era tido como o sucessor de João Figueiredo na Presidência da República, mas morreu antes da abertura política. Foi ministro da Justiça de Figueiredo, presidente do Senado, governador do Piauí, prefeito de Teresina e começou como deputado estadual, quando tinha apenas 29 anos.
Fonte: Oito Meia
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