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Wellington Dias decreta estado de calamidade no Piauí devido às chuvas e alagamentos

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Após o prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), decretar estado de calamidade na capital piauiense, o governador Wellington Dias (PT) decretou estado de calamidade no Piauí por causa das fortes chuvas e alagamentos.

Dias justificou o estado de calamidade com os casos de alagamentos de cidades nas regiões Sul Norte do Piauí e aumento do número de famílias desabrigadas.

O município de Luzilândia elevou o estado de alerta em que se encontra pela possibilidade de chegada das águas liberadas da barragem de Boa Esperança na última semana. A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) informou em nota que o reservatório atingiu 92% do seu volume útil no dia 11 e por conta das fortes chuvas precisou aumentar a vazão defluente da usina para 1400 metros cúbicos.

O prefeito de Luzilândia, o Ronaldo Gomes (PTC), disse que a água que começou a ser liberada da usina deveria ter chegar à cidade na quinta-feira, mas o município já está preparado para a possibilidade de inundação.

Ronaldo Gomes solicitou à Secretaria Estadual de Defesa Civil com colchões, cobertores e material de higiene para as famílias que devem ser abrigadas em galpões nos próximos dias na cidade.

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Segundo ele, 15 famílias já deixaram suas casas e foram para a casa de parentes. A prefeitura agora cuida de seis famílias que estão isoladas por conta da cheia da Lagoa do Cajueiro.

O secretário municipal de Habitação e Urbanismo, Marco Antônio Ayres, disse que O CPRM (Serviço Geológico do Brasil) informou que que o rio Parnaíba em Teresina atingiu a cota de atenção, chegando a 4 metros e 97 centímetros na quinta-feira.

“É dado é um alerta para a gente redobrar os cuidados em Teresina, já que faltam dois metros para decretar inundação na cidade.

O Boletim Hidrológico do CPRM disse que a cota de atenção foi registrada por volta das 5h30 de qunta-feira.

Na quarta-feira, o rio Parnaíba estava com 4 metros e 13 centímetros. Ele subiu quase um metro nas últimas 24horas. O rio entra em cota de alerta se chegar a altura de 5 metros e 50 centímetros de altura e a cota de inundação é 6 metros e 87 centímetros de altura, falou Marco Antônio Ayres.

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O prefeito Firmino Filho passou parte da manhã de quinta-feira visitando aos principais pontos de alagamento da cidade, verificando de perto a situação das famílias atingidas. Ele também esteve na área da Ponte Wall Ferraz, que está com uma das faixas interditadas desde ontem por conta de fissuras detectadas no asfalto nas proximidades de uma de suas alças.

Firmino Filho falou u que a área está isolada e sendo monitorada para evitar riscos à população. “Só saberemos a dimensão exata do problema quando as águas baixarem. Por enquanto, estamos fazendo intervenções emergenciais para evitar danos maiores”, disse o prefeito.

Firmino Filho ressaltou a importância da Lei de Drenagem, que exige dos novos empreendimentos projetos que prevejam o escoamento correto da água da chuva.

“Precisamos respeitar o caminho das águas. Este ano, estamos tendo um inverno atípico, mais estendido e com chuvas muito fortes, o que fez aparecer velhas fragilidades e causaram também o aparecimento de novos problemas, que são resultantes do processo de crescimento da cidade, da colocação de asfalto e do surgimento de novos empreendimentos imobiliários”, avaliou.

Firmino Filho também esteve na Casa de Bombas do Dique do Mocambinho, no Parque Encontro dos Rios e percorreu um trecho das vias que margeiam o Rio Poti. A cheia está afetando várias cidades da região Norte do Piauí, inclusive Teresina.

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Segundo ele, Teresina está com 250 famílias desabrigadas.

A Defesa Civil Municipal está realizando o monitoramento constante das áreas de risco e prestando auxílio para essas famílias, em um trabalho conjunto com as equipes da Semcapi (Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas) e da Semduh (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação). O prefeito também informou que fará um decreto de calamidade para garantir que ações do poder público possam chegar de forma mais célere às famílias atingidas.

Em Teresina, desde o início do período chuvoso, órgãos como Defesa Civil Municipal e Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi) realizam o monitoramento constante das áreas de risco e prestam auxílio para as famílias desses locais.

Somente nos dez primeiros dias de abril, a Defesa Civil Municipal de Teresina atendeu 59 pessoas em situação de risco. Para tratar a respeito do assunto, Firmino Filho se reuniu esta semana, em Brasília, com o secretário nacional de Defesa Civil, Newton Ramlow. A reunião foi agendada pelo ex-secretário de Saneamento Ambiental do Mnistério das Cidades, Henrique Pires, que também participou do encontro.

Na ocasião, o Ministério da Integração Nacional, que possui experiência em combate a desastres naturais, se disponibilizou a ajudar os desabrigados com kits humanitários. “Na oportunidade, nós mostramos todas as características de Teresina e as dificuldades que estamos tendo agora com as chuvas intensas e concentradas na cidade”, disse Firmino.

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Após a reunião, o próximo passo será protocolar todas as necessidades da cidade de Teresina, durante este período chuvoso, junto ao Ministério da Integração Nacional. De acordo Érick Amorim, coordenador do escritório da Prefeitura em Brasília, o documento será encaminhado nos próximos dias.

Fonte: Meio Norte | Foto: reprodução

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