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Justiça pode revogar expulsão de Alisson Wattson da PM hoje, diz ex-advogado

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Na noite do último domingo (04/08), Jean Abreu, pai da estudante Camilla Abreu, procurou o OitoMeia para perguntar se a equipe tivesse informação do julgamento de algum recurso impetrado pela defesa do ex-capitão Alisson Wattson da Silva Nascimento que pudesse evitar que o réu pudesse ser levado a júri popular. Para o Ministério Público do Piauí (MP-PI), a jovem foi assassinada pelo ex-policial militar, crime de feminicídio ocorrido em outubro de 2017. O acusado teria constantes crises de ciúmes da então namorada.

Ainda na noite de ontem, a reportagem procurou por Pitágoras Veloso, que revelou não estar mais advogando para Alisson Wattson, mas que confirmou um julgamento na manhã desta segunda-feira (05/08) de um recurso impetrado por ele quando ainda defendia o respectivo réu. Segundo o jurista, a sessão de hoje trata dos embargos de declaração sobre a perda de patente. Na prática, isso revogaria a expulsão do único acusado da morte de Camilla Abreu da PM.

A expulsão foi assinada no dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher, pela então governadora em exercício Regina Sousa, ato considerado simbólico pela família e entidades que lutam pelos direitos das mulheres. Na época, Pitágoras chegou a chamar a petista de “leviana” e “imprudente”, acrescentando que entraria com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça para reverter a situação do então cliente.

“Enquanto não tiver sentença transitada em julgado, o capitão Alisson Wattson não poderá ser excluído da honrosa PM-PI, não poderá ir para presídio comum e continuará recebendo seus vencimentos, pois tem família para sustentar”, explicou o advogado em nota. Pitágoras argumentou que, antes de o acusado ser expulso da corporação por meio do processo administrativo, o processo criminal tem que ser julgado e o mesmo ser condenado. Isso pode, inclusive, parar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e até o Supremo Tribunal Federal (STF).

FEMINICÍDIO E OCULTAÇÃO DE CADÁVER

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A advogada Ravenna Castro, assistente de acusação, foi procurada pelo OitoMeia. Ela disse que sabe de um julgamento contra o Alisson Wattson marcado para as 9h de hoje, mas que não tem conhecimento quanto à motivação porque o caso está em segredo de justiça. A reportagem não conseguiu entrar em contato com o promotor Benigno Filho nem informações sobre quem seria o atual defensor do ex-PM.

Alisson Wattson é acusado de feminicídio, ocultação de cadáver e de provas no assassinato da estudante Camilla Abreu, morta com um tiro na cabeça em outubro de 2017. Por se tratar de um militar, o processo administrativo em relação à perda de patente segue uma legislação diferente, ou seja, a retirada da farda deve ser autorizada pelo Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), o que aconteceu em fevereiro deste ano com decisão unânime do Judiciário. Em seguida, a ordem foi assinada pelo Executivo estadual.

MANUTENÇÃO DO JÚRI POPULAR

No dia 17 de abril, Alisson sofreu uma derrota no TJ-PI, pois três desembargadores decidiram que o júri popular seja mantido no processo criminal. Na prática, isso pode facilitar a condenação e endurecer o cumprimento da pena. Na época, o advogado Pitágoras Veloso confirmou que recorreria ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e também ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Uma das principais reclamações da defesa de Alisson Wattson diz respeito à negativa do Ministério Público do Piauí (PM-PI) e da Justiça em fazer a reconstituição do crime, pois assim, segundo Pitágoras, seria comprovado que o tiro contra Camilla Abreu foi acidental. Nesta versão, o advogado defende que a vítima iniciou a discussão com o réu e que ela apontou ela tentou baleá-lo primeiro. Ainda há a alegação de que o réu sofre de problemas mentais.

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RELEMBRE O CASO

Camilla Abreu foi dada como desaparecida na última semana do mês de outubro de 2017. A estudante de Direito foi vista pela última vez no bar Chopperia Brahma, ao lado do namorado Alisson Wattson e de uma amiga, na zona Leste de Teresina. O réu e a vítima levaram a amiga para casa, no Vale do Gavião, e depois saíram juntos. A jovem não retornou para casa.

Após desaparecimento de uma semana, Camilla Abreu foi encontrada morta no povoado Mucuim, zona Rural de Teresina. Alisson confessou ter disparado acidentalmente contra a estudante, no dia 31 daquele mês.

Fonte: Oito Meia

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