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Dengue, Chikungunya e Zika: quais são as diferenças e principais sintomas?

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Com o aumento do número de casos de dengue no Piauí e em todo o Brasil, surgem muitas dúvidas sobre suas características e principais sintomas. O mosquito Aedes aegypti, vetor transmissor da dengue, também é responsável por transmitir outras enfermidades, como a Chikungunya e a Zika.

Apesar de serem propagadas pelo mesmo mosquito e terem sintomas semelhantes, essas doenças apresentam algumas distinções. Compreender essas diferenças é essencial para a prevenção e tratamento adequados.

  • Dengue

A dengue é uma doença viral que dura de 2 a 7 dias, caracterizada por sintomas como febre alta (entre 39° e 40°C), dor de cabeça, dores musculares e articulares, além de manchas vermelhas na pele. Em casos mais graves, pode levar à dengue hemorrágica, que é uma forma potencialmente fatal da doença, caracterizada por sangramento, queda de pressão arterial e danos aos órgãos.

  • Chikungunya

A chikungunya possui fase aguda com duração de 5 a 14 dias, e os sintomas incluem febre alta, dores articulares intensas, principalmente nas mãos, punhos, tornozelos e pés, além de dor de cabeça, fadiga e erupções cutâneas. Embora seja raramente fatal, a chikungunya pode causar sintomas debilitantes que persistem por semanas ou meses, o que é chamado de fase pós-aguda. Esses sintomas pós doença também podem se tornar crônicos. 

  • Zika

A infecção pelo Zika vírus pode ser assintomática ou sintomática. Geralmente, a doença é autolimitada, variando de 2 a 7 dias. Os sintomas da Zika incluem febre moderada, erupções cutâneas, dores musculares e articulares, conjuntivite e dor de cabeça. No entanto, uma característica distintiva da Zika é sua associação com complicações neurológicas, como a síndrome de Guillain-Barré em adultos e microcefalia em bebês nascidos de mães infectadas durante a gravidez.

Como prevenir a Dengue, a Chikungunya e o Zika vírus?

Para prevenir a dengue, chikungunya e Zika, é fundamental adotar medidas que visem a redução da proliferação do mosquito Aedes aegypti. Uma das principais ações é eliminar focos de reprodução do mosquito, como recipientes que acumulam água parada, pneus velhos, vasos de plantas e garrafas vazias.

Melhor prevenção contra dengue é reduzir a proliferação do mosquito Aedes aegypti - (Agência Brasil)Agência Brasil

Além disso, é importante utilizar repelentes regularmente, especialmente durante os períodos em que os mosquitos estão mais ativos.Telas em janelas e portas também são interessantes para impedir a entrada dos mosquitos em ambientes internos, enquanto o uso de mosquiteiros pode ser eficaz para proteger durante o sono, especialmente para bebês e crianças pequenas.

Roupas protetoras, como calças compridas e camisas de manga comprida, ajudam a reduzir a exposição à picada dos mosquitos, principalmente durante atividades ao ar livre. Em áreas com alta infestação de mosquitos, é importante considerar o uso de medidas de controle ambiental, como aplicação de larvicidas e inseticidas.

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Como tratar a Dengue, a Chikungunya e o Zika vírus?

Exceto pela dengue, as infecções pelo vírus Zika e chikungunya não possuem vacinas disponíveis, tornando a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti a melhor forma de prevenção contra essas doenças.

A vacina contra a dengue oferece proteção contra os quatro sorotipos da doença. Sua eficácia na prevenção varia, alcançando 65,5% contra casos graves de dengue, 93% contra dengue hemorrágica e 80% contra internações. A administração de três doses é recomendada para crianças a partir de 9 anos, adolescentes e adultos até 45 anos, especialmente para aqueles previamente infectados pelo vírus da dengue.

Vacina protege contra os quatro sorotipos da dengue - (Arquivo O Dia)Arquivo O Dia

Durante a infecção por essas doenças, os cuidados pessoais incluem repouso e ingestão adequada de líquidos, preferencialmente água ou soro. O tratamento dos sintomas geralmente envolve o uso de analgésicos e antitérmicos, como paracetamol e dipirona. É importante evitar o uso de salicilatos e anti-inflamatórios não hormonais, pois podem aumentar o risco de manifestações hemorrágicas e acidose.

Brasil registra 467 mortes por dengue em 2024

Segundo informações do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, divulgado esta semana, o Brasil registrou 467 mortes por dengue desde o início do ano. Os casos prováveis da doença já ultrapassam 1,6 milhão. Além disso, outros 863 óbitos estão sob investigação. 

A proporção de indivíduos potencialmente infectados é de 44,5% para homens e 55,5% para mulheres. No que diz respeito à faixa etária, o grupo mais impactado pela doença é o de 20 a 29 anos.

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O aumento significativo de casos de dengue levou oito estados brasileiros a declararem estado de emergência em saúde pública: Acre, Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais.

FMS lança plano de combate à dengue em Teresina

Em Teresina, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) lançou um planejamento estratégico de combate à dengue levando em consideração que o número de pessoas acometidas pela doença na capital já chega a quase 800.

As estratégias adotadas pelo órgão municipal englobam o rastreamento das áreas prioritárias (alto risco) e áreas não prioritárias (baixo risco), visitas aos imóveis, assistência ao paciente e educação em saúde.

Além disso, o plano de ação terá destaque a utilização do UBV Costal, o que popularmente conhecemos como “fumacê”. A substância que será emitida através de automóveis nos bairros, conta com um inseticida que elimina a maior parte dos mosquitos adultos.

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Fonte: Portal O Dia

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