Familiares e amigos dão último adeus ao jovem Amós Ribeiro em Belém do Piauí

Na manhã desta segunda-feira, 25, familiares e amigos deram um último adeus ao jovem Amós Ângelo Carvalho Ribeiro, de 22 anos, que faleceu na manhã deste domingo, 24 de outubro, em decorrência de um acidente de trânsito.

O corpo chegou a Belém na noite deste domingo, 24, por volta das 21h40, em um cortejo que foi iniciado na cidade de Jaicós, distante 21 km, e percorreu ruas da cidade de Belém acompanhado por um grande número de pessoas. Outros foram às ruas para acolher ao filho de Belém que regressava à sua terra, mas, também, para se despedir.

Amós foi levado para o templo da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, onde foi velado durante toda a noite e parte da manhã de hoje, quando centenas de pessoas prestaram as últimas homenagens e se despediram do jovem Amós, que teve uma vida cheia de sonhos interrompida após um grave acidente.

Após um momento de oração, por volta das 10h, sob forte comoção, o corpo deixou o templo religioso e foi levado ao Cemitério dos Evangélicos, onde foi sepultado.

Amós parte deixando os pais, Moisés e Ceiça, a irmã caçula e a namorada Elizabete Macedo, a quem ele chamava de “minha morena”, que está grávida dele. A gestação foi descoberta há poucos dias e, segundo amigos próximos, Amós estava muito feliz com a notícia de que ia ser pai.

O jovem era conhecido pelo grande círculo de amizades. Dividia seu tempo entre os estudos e o trabalho. Amós era acadêmico do curso de engenharia civil na faculdade Santo Agostinho, em Teresina. Ele iria concluir em junho do próximo ano. Quando não estava estudando, seu tempo era dedicado, principalmente, ao trabalho. Quando sofreu o acidente, ele estava dirigindo um caminhão caçamba que transportava uma carrada de asfalto que seria utilizando na recuperação de uma rodovia estadual no município de Uruçuí.

João Neto é primo de Amós. Ao Cidades na Net, ele lembrou dos finais de semana na casa da avó, no interior de Belém e falou do carinho que tinha pelo primo. “Amós era além de primo, era como se fosse um irmão, um amigo mesmo. A gente conversava muito sobre planos futuros, terminar curso. Ele era um jovem cheio de planos. Um grande futuro foi ceifado. Ele tinha muitos projetos de vida, e agora, um futuro foi interrompido de forma tão prematura e trágica”, disse.

Jetro Ribeiro, um amigo e colega de estrada de Amós, lembrou das primeiras viagens.  “Ele era disposto, não tinha preguiça de trabalhar. Eu lembro quando o pai dele comprou a caçamba e ele foi a primeira vez pra o trecho comigo. A gente foi puxar calcário no sul do Estado. Os caras de hoje, a maioria, não quer pegar no pesado, e ele não tinha isso não”, disse.

Jetro presenciou o acidente ocorrido na tarde de sábado, 23, na rodovia estadual PI-247, no município de Uruçuí, que causou a morte do jovem. “Ainda estou em choque, sem acreditar. Nunca pensei de ver uma coisa daquela, um acidente com um companheiro de trecho, e ainda mais ele, que era meu amigo, meu conterrâneo. É uma cena que vou levar pra vida. Não tem como esquecer. […] Amós era um amigo, um cara batalhador, trabalhador, que sonhava em se formar, ter um emprego bom para pagar a faculdade de medicina da irmã dele”, disse.

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