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POLÍTICA

Wilson Martins se reúne com Zé Filho para entregar o governo

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O governador Wilson Martins afirmou que realizou mais de 80% do planejamento que fez para o seu governo. Ele se prepara para sair em abril e afirma que o modelo de gestão do Estado deu resultados e deve ser mantido. Admite que poderá sair sem inaugurar as principais obras em execução hoje no Estado – entre elas o Rodoanel, a duplicação das BRs 343 e 316 e a nova ponte JK, ligando a Frei Serafim à João XXIII. Justifica que as chuvas intensas em fevereiro e início deste mês atrasaram os serviços. “Achávamos que em março não ia chover tanto”, observa.
Wilson Martins informou que tem reunião prevista para amanhã com o vice-governador Zé Filho (PMDB), que deve assumir o governo a partir de abril. Ele disse que vai conversar com Zé Filho e com os demais partidos que compõem a base de sustentação política do governo, para manter o modelo de gestão focado em metas e cobrança de resultados, com planejamento e prazos bem definidos. O governador observou que há muitas especulações por conta de política, mas considera que os resultados administrativos “falam por si”. Wilson Martins falou ao Diário do Povo na manhã de sexta-feira passada, enquanto visitava a obra da nova ponte JK. Ele destacou ações realizadas em infraestrutura, mobilidade urbana, educação, segurança e saúde.
Diário do Povo – O governo está investimento mais em infraestrutura, mas dá tempo concluir as principais obras antes de o senhor deixar o governo, como a ponte JK?
Wilson Martins – Temos obras fantásticas, com boa parte concluídas e expectativa de até terça-feira desta semana, dia 17, ter a estrutura metálica da ponte toda concretada.  Mas dependemos da chuva, chove todo dia, de dia ou de noite.
Diário do Povo – A chuva paralisa o andamento das obras…?
Wilson Martins – A chuva não paralisa… Mas atrapalha o andamento das obras, o ritmo diminui, por que quando a chuva é pequena, facilita a terraplanagem, mas dificulta a colocação do asfalto.
DP- Na ponte da Frei Serafim, por exemplo, a chuva atrapalhou pelo aumento no nível da água no rio Poti?
WM – Realmente, o nível está mais alto e impediu a construção dos pilares. Estão prontos embaixo, mas precisa baixar o nível das águas para retomar a concretagem.  Isso é natural, contávamos com isso, mas achávamos que em março não ia chover tanto. Se o atraso se der é por conta disso, não vamos ficar chateados.
DP- O senador Wellington Dias (PT) criticou que seu governo tem obras paradas…
WM – Encontramos centenas de obras paralisadas e demos andamento a elas. Algumas estavam paradas por questões judiciais, e fizemos um esforço para dar continuidade. O povo não merece isso. No Centro de Convenções, por exemplo, vamos, com esforço, retomar a obra para o povo. Lá tinha sido abandonado e estamos fazendo um trabalho para retomar. Isso nos custou caro, porque foram vários anos parado. Agora, tem que ter novo projeto, nova licitação, reajustamento para concluir. Tem equívocos de toda natureza na obra. Estou com a consciência tranqüila, porque fizemos tudo que foi possível fazer.
DP – Existe problema com a coligação da base do governo?
WM – A política é dinâmica, entendemos isso, construímos um caminho para a formatação de um time que é importante para o povo. Não tem pendências. Até junho vamos ouvir posicionamentos diferentes ou não. Acho que isso é natural e as pessoas devem se posicionar, mas pelo que entendo e aprendi na militância política, acho que estaremos juntos todos nestes grupo que tem conversas avançadas.
DP – O senhor vai reunir os partidos para reforçar os laços?
WM – A gente se reúne sempre e não tem problema. Não tem novidade nisso. Estivemos recentemente reunidos e conversamos sobre a política. Temos boa relação na parte da gestão e é só esperar chegar a hora certa. Há muita ansiedade e muita especulação, mas vamos manter a base governista unida. Os entendimentos que mantivemos vão ser mantidos, vamos caminhar para ficar juntos.
DP –  O senhor preparou a transição para sair em abril?
WM- Ainda não. Mas estamos conversando, mas não estamos decididos se vamos sair ou não. A possibilidade agora é maior e vamos ter uma conversa com o vice-governador Zé Filho. Depois disso, vamos ter uma rodada de entendimentos com os partidos do time que se formou. Depois vamos afunilar a análise do afastamento do governador Wilson Martins. Mas tudo ainda está no campo das possibilidades.
DP-  Segundo o senador Wellington Dias, um governo do PMDB é uma incógnita. O que o senhor acha disso?
WMM – Eu prefiro falar do meu governo e da relação que tenho de confiança com Zé Filho. O resto é especulação, e não vou comentar isso. O correto é cada um cuidar do seu terreiro e estou cuidando do meu para fazer uma gestão pautada em planejamento, com metas e monitoramento, com cobrança de resultados. Temos obras importantes de infraestrutura que vão melhorar a vida das pessoas que moram em Teresina. Teresina tem problemas sérios de mobilidade urbana e estava estrangulada. Estamos aplicando mais de R$ 1 bilhão em Teresina – são quatro pontes: a do meio, na Frei Serafim, da Ilhotas, a do Mocambinho e a do Rodoanel. E mais uma ponte ferroviária. E a expansão do metrô. O metrô vai ficar com mais de 14 quilômetros de extensão e duas vias. Hoje, o trajeto da estação central ao Renascença é de 32 minutos em ônibus. O trajeto será feito em  metade do tempo, em trem confortável e moderno, com ampliação de mais três novas estações urbanizadas, dando condição melhor para as pessoas e melhorando o sistema de transporte. São cerca de 10 mil pessoas por dia e vamos multiplicar isso por cinco. Vamos ter 50 mil pessoas usando transporte coletivo pagando R$ 0,80, um terço do que paga no ônibus, e com um tempo de 16 minutos para chegar ao centro. É isso que estamos tratando para resolver definitivamente o engarrafamento em Teresina. A mobilidade urbana de Teresina é péssima, as pessoas reclamam e agora é que estamos começando a realizar um sonho.
Fonte: Diário do Povo

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