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TV Globo mostra fraude do Piauí Cap

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R$ 1,8 milhão. Esse era o valor que deveria ter sido repassado pelo Instituto Ativa Brasil para o Lar da Esperança, em Teresina. O instituto, que recebia os valores do direito de resgate do Piauí Cap, é alvo de uma investigação da Polícia Federal e foi tema de reportagem especial exibida neste domingo (23) pelo Fantástico.

O grupo que mantinha pelo Brasil títulos de capitalização e bingos, além da prática do jogo do bicho e máquinas caça-níqueis, é acusado de contrabando, crime contra o Sistema Financeiro Nacional, jogo de azar e lavagem de dinheiro.

O repórter Mauricio Ferraz veio ao Piauí, e em Teresina visitou o Lar da Esperança. Do Ativa Brasil, a instituição recebeu apenas R$ 72 mil. O dinheiro que não chegou se reflete em problemas de infiltração no teto, portas enferrujadas, instalações sem muita estrutura.

Era para o Instituto Ativa Brasil que o Piauí Cap prometia entregar os 50% do resgaste do título de capitalização, que o apostador se comprometia em doar no ato da compra da cartela. Só que após inúmeras denúncias do Ministério Público, a PF inciou a investigação que descobriu que grande parte do dinheiro recebido pelo Ativa Brasil era repassado para uma empresa de publicidade.

Acontece que esta empresa era da família Paschoal, os mesmos donos da Sulamérica Seguros S. A – Sulacap, organizadora dos títulos de capitalização. Para o MP, nada, até agora, explica tanto gasto com publicidade.

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Graça Cordeiro, diretora do Lar da Esperança, consegue hoje dinheiro para manter as 150 pessoas que dependem da instituição com a coleta de material reciclável em lojas de Teresina. Já são 25 anos de trabalho em prol de pacientes portadores do vírus da Aids. Ela comprava inclusive os títulos de capitalização, com a esperança de que sorteada, pudesse ajudar a instituição.

Os títulos de capitalização eram vendidos em nove estados e davam direito a concorrer em sorteio de prêmios, feitos todos os fins de semana. As cartelas, vendidas por R$ 5 cada um, só poderiam ser comercializadas se o direito de resgate fosse cedido a uma instituição de caridade. Neste caso, a Ativa Brasil recebia os valores, mas também participava da fraude.

O dinheiro deveria ser repassado a 26 entidades em nove estados. E até repassava um pouco, para não “chamar atenção”. Porém, a maior parte do dinheiro era desviado.

Dona Graça conta que a ajuda começou há três anos, quando todas as contas de luz atrasadas foram pagas pelo Ativa Brasil. De lá pra cá, R$ 2 mil era repassado por mês, somando uma quantia de R$ 72 mil. Mas o repasse deveria ser bem maior, de pelo menos R$ 1,8 milhão.

Nas contas feitas pela Polícia Federal, com dados sobre a venda de pelo menos 200 milhões de bilhetes em um ano pelo Brasil, o que deveria ter sido repassado para as instituições pode chegar a R$ 500 milhões.

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Christiano Rocco Carneiro, além de seus sócios Cláudio da Rocha Paschoal Filho, Hermes Coutinho Paschoal, Gustavo Coutinho Paschoal e Júlio Emílio Cavalcanti Paschoal Neto, foram identificados como operadores do esquema de fraude. Eles montaram um verdadeiro império em Pernambuco.
Fonte: 180graus

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