Em treino fechado, Felipão comanda atividade leve e aprimora cobranças de pênalti

Em um jogo que vale vaga numa semifinal de Copa do Mundo, todas as armas são válidas. Com a seleção alvo de críticas pela falta de treinamentos, táticos ou de qualquer outra sorte, o técnico Luiz Felipe Scolari fechou o treino de ontem no estádio Presidente Vargas, o último antes do jogo de hoje contra a Colômbia, às 17 horas, no Castelão, pelas quartas de final da Copa. Mas o Jogo Extra conseguiu observar o treinamento de um prédio vizinho. De efetivo, apenas o treino de cobranças de pênaltis.

A movimentação da seleção teve pouca utilidade. A não ser frustrar cerca de três mil pessoas que foram até a porta do estádio na esperança de terem a entrada liberada. E não adiantou cantar o Hino Nacional e implorar para que Felipão abrisse o portão. Todos foram barrados. Mas não perderam nada.

Embora seja certa a entrada de Paulinho no lugar de Luiz Gustavo, suspenso, o treino não revelou nem mesmo tal alteração, já que a distribuição dos coletes entre os jogadores não respeitou a condição de titular ou reserva.

O aposentado José Pereira, que abriu a porta de seu apartamento para a equipe do Jogo Extra, nem teve ânimo de chegar perto da janela. Seu neto, Caio, foi o porta-voz da família:

— Falta tirar o Fred — disse, também sem estímulo para acompanhar o treino.

Na movimentação, chamaram atenção as faltas ensaiadas. O zagueiro David Luiz passava da bola, rolando-a para trás, de onde surgia Hulk, com seu forte chute. Daniel Alves e Neymar também treinaram cobranças de falta.

Na outra metade do campo, um grupo de jogadores treinou pênaltis. Dos titulares, Oscar teve excelente aproveitamento, convertendo as três cobranças que tentou. Thiago Silva chutou duas e também foi perfeito. Marcelo foi o pior: errou suas três tentativas. Fernandinho, mal, acertou apenas uma de três cobranças. E Paulinho teve 50% de aproveitamento: errou uma, acertou outra.

Antes do treino secreto, Felipão admitiu que poderá fazer uma alteração ao longo da partida contra a Colômbia: a entrada do zagueiro Henrique no lugar do atacante Fred, modificação já testada na Granja Comary, que por sinal deixou o atacante do Fluminense com cara de poucos amigos.

— Dependendo do andamento do jogo, do resultado… — destacou Felipão. — O Henrique estava acostumado comigo no Palmeiras, mas não jogava com o Thiago (Silva) nem com o David (Luiz). É uma opção — disse o técnico, buscando uma variação para um time que ainda não convenceu nesta Copa do Mundo.

Fonte: Meio Norte