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Agricultor com suspeita de Febre do Nilo fala pela primeira vez e diz que está bem

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Após viver dias de intensa agonia, o vaqueiro Francisco Raimundo de Lima, 52 anos, sorri e diz que agora se sente bem. Ele é o paciente que pode ter confirmado o diagnóstico do primeiro caso de Febre do Nilo Ocidental em um ser humano no Brasil.

Na manhã desta quarta-feira (1º), a reportagem do Portal Grande Picos esteve em Aroeiras do Itaim, onde vive o vaqueiro, e conversou com familiares e amigos do paciente. Em entrevista exclusiva, Francisco Raimundo revelou detalhes dos dias em que esteve doente e falou sobre sua rotina de trabalho, que pode ter favorecido a contaminação pela doença.

O vaqueiro trabalha cuidando de animais em uma propriedade localizada no Povoado Barro Branco, zona rural de Aroeiras do Itaim. A suspeita da equipe médica que tratou do paciente é de que ele tenha sido contaminado através da picada de um mosquito vetor. A doença, segundo especialistas, é uma virose transmitida ao homem por um mosquito, contaminado ao se alimentar do sangue de uma ave infectada.

Casa onde o vaqueiro vive ao lado dos pais e dos irmãos

Sobre o atual estado de saúde, Francisco Raimundo diz que está se recuperando bem e ansioso para voltar a realizar as tarefas do cotidiano. “Estou me recuperando, me levanto, tenho muita vontade de andar e voltar a fazer meus trabalhos de sempre. A cada dia que passa estou melhorando”, comemora.

Ao contrário de informações divulgadas pela imprensa da capital, o vaqueiro não está paralítico. Em entrevista a uma rede de televisão, o médico neurologista que o acompanhou no Hospital de Doenças Tropicais Natan Portella afirma que ele está acometido por uma fraqueza muscular que o impede de movimentar os membros inferiores. “Consigo ficar em pé, mas não consigo dar uma ‘passada’”, explica o paciente.

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Sintomas

De acordo com a mãe de Francisco, Maria Martina, o filho começou a reclamar de dores de cabeça e febre. “A situação foi se agravando e ele chegou a ir para o hospital e ser internado na hora em que chegou lá”, conta. A mãe relata que não teve medo da doença do filho e que a família não teve medo de estar contaminada pela Febre do Nilo: “Graças a Deus o meu pessoal é sadio, não somos pessoas de andar atrás de doutor procurando consulta”.

Interrogada sobre a sensação de ter Francisco Raimundo de volta à casa da família, a mãe resume o sentimento em uma palavra: alegria. “Fiquei alegre quando vi meu filho de volta pela situação em que ele saiu. E na situação em que ele chegou, estou alegre”, diz sorridente.

Tratamento

Durante os dias em que esteve doente, o vaqueiro esteve internado em Aroeiras do Itaim, Picos e depois foi transferido para a capital Teresina, onde foi encaminhado para o Hospital de Urgência e posteriormente para o Hospital de Doenças Tropicais Natan Portela.

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Desde que a suspeita da doença foi levantada, técnicos da Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) e do Ministério da Saúde visitaram a comunidade onde o paciente vive e coletaram amostras do sangue de familiares e de animais na tentativa de identificar contaminação pela Febre do Nilo na região. Até o momento não há a confirmação de que o paciente tenha sido contaminado pela doença.

Transmissão

A febre do Nilo Ocidental é uma virose transmitida ao homem por um vetor (mosquito),  contaminado ao se alimentar do sangue de uma ave infectada. Os mamíferos não desenvolvem níveis suficientes do vírus para infectar mosquitos e, portanto, não podem servir como reservatórios. Não há transmissão de pessoa para pessoa.

 

 

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Fonte:  Portal Grande Picos

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