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BNB: Piauí terá R$ 3 bilhões em 2014 e 10 novas agências

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Efetivado ontem pela presidente Dilma Rousseff na presidência Banco do Nordeste, o piauiense Nelson Antônio de Souza destacou em entrevista exclusiva ao Jornal Meio Norte os investimentos que o BNB irá aplicar no Piauí em 2014.

Ao todo, serão R$ 3 bilhões, ou seja, 10% do orçamento geral do Banco para toda a região Nordeste, que é de R$ 30 bilhões. Nelson Antônio de Souza já estava à frente do Banco interinamente desde 03 de abril último, quando o ex-presidente Ary Joel de Abreu Lanzarin renunciou ao cargo por motivos pessoais.

O presidente do BNB destacou que o Banco está renegociando dívidas dos produtores rurais que perderam suas safras com a estiagem. A renegociação vai até o dia 31 de dezembro de 2014, com desconto de até 85% e, caso os produtores não tenham esses 15%, podem financiar o valor em 10 anos, com juros que vão de 0,5% a 3,5% ao ano.

“Quereremos que os produtores rurais endividados nos procurem. Sabemos que deixaram de pagar por conta de um desastre natural, da estiagem, e vamos ajudar a fornecer um novo valor para replantar as produções, sabemos que a maioria são produtores de subsistência. Muitos produtores ficam com vergonha de nos procurar devido ao débito, mas a renegociação tem condições muito boas”, pontuou o presidente do BNB.

Ele também anunciou a instalação de 10 novas agências do BNB para o Piauí em 2014 e ressaltou a parceria com outros bancos pú-blicos, como a Caixa Econômica Federal, para que qualquer cliente do BNB possa, a partir de agosto, realizar saques e fazer transações em casas lotéricas e agências da Caixa.

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Durante o período que esteve como interino, Nelson Antônio de Souza visitou seis Estados da área de atuação do Banco (Alagoas, Bahia, Maranhão, Paraíba, Piauí e Sergipe) e alguns polos regionais de desenvolvimento, a exemplo de Balsas, no Maranhão, Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, e Juazeiro do Norte, no Ceará.

Durante essas visitas, o presidente do BNB reuniu-se com governadores para tratar de assuntos de interesse do Banco e dos Estados, participou de encontros empresariais com clientes para discutir melhorias no processo de crédito da empresa.

Nelson Antônio de Souza está no Banco do Nordeste desde julho de 2012, quando assumiu a Diretoria de Estratégia, Administração e TI, sendo responsável pelas áreas de Estratégia, Arquitetura Organizacional, Marketing e Comunicação, Logística, Desenvolvimento Humano e Tecnologia da Informação.

Ele é funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal, onde exerceu funções estratégicas, como superintendente Nacional do FGTS, chefe de Gabinete da Presidência e diretor executivo de Gestão de Pessoas. É formado em Letras e Psicologia e tem MBA em Marketing pelo Instituto.

Jornal Meio Norte: Qual será o foco da sua gestão no BNB?

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Nelson Souza: Estou como diretor do Banco do Nordeste desde julho de 2012, e hoje completaria dois anos. Já fazemos um trabalho de planejamento estratégico para os quatro anos seguintes e a cada ano, atualizamos o planejamento. Nossa prioridade agora é a capilaridade, com um aumento no número de agências e com foco na interiorização dos serviços. Temos 186 agências e outras 122 estão abrindo, além de 25 em processo de aprovação, completando 147 novas agências. Desse total, 10 agências serão instaladas no Piauí. Além disso, iremos atuar com foco no compartilhamento com outros bancos públicos, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, para o compartilhamento de terminais.

Assinamos um convênio com a Caixa para a prestação de serviços nas agências e casas lotéricas. Ou seja, qualquer cliente do BNB vai poder, a partir de agosto, realizar saques e fazer transações em casas lotéricas e agências da Caixa Econômica. O Banco precisava contratar funcionários, e já foram empregadas 1.500 pessoas, desmobilizando os terceirizados, já que foram contratados os aprovados em concursos já realizados pelo BNB.

JMN: E o que o senhor considera que são os maiores desafios de sua administração?

N. S.: Outros principais itens que consideramos um desafio é o atendimento, por isso temos um programa de excelência no atendimento ao cliente. O objetivo é que o cliente seja atendido de forma célere e saia mais satisfeito.

Revisamos todos os processos de concessão de crédito e Tecnologia da Informação, inclusive fixando uma TI mais robusta tanto no campo de software como de hardware, em uma rede de transmissão de dados, voz e imagens para que não tenha essa história de sistema fora do ar.

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Pretendemos ainda melhorar o crédito, dando mais celeridade aos empréstimos para que o cliente saiba em quantos dias será atendido desde que dá entrada no pedido. Nosso desafio é que o cliente consiga acessar com qualidade o Banco por qualquer via e que seja célere, saindo satisfeito.

Queremos crédito célere, processos mais rápidos e melhoria no atendimento do Banco, são esses os principais pontos que irei priorizar.

JMN: O que o senhor pode destacar de investimento para o Piauí em 2014? O fato de ser piauiense influencia em alguma meta pessoal para o Estado?

N. S.: Sim, primeiro que o Piauí terá o maior volume de investimentos do BNB na história do Estado, que é de R$ 3 bilhões em 2014. O Piauí é um Estado que será bastante beneficiado, já que no Nordeste serão investidos R$ 30 bilhões em crédito e desse total 10% é para o Estado do Piauí.

Também estamos levando 10 novas agências para o Piauí enquanto hoje há 18 agências no Estado. Cada nova agência terá pelo menos 10 funcionários, assim serão pelo menos mais 100 novos empregos fora os empregos gerados com vigilantes, copeiras. Iremos levar o Centro Cultural BNB para a cidade de Parnaíba, estamos em fase de formatação do projeto.

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E não é apenas com equipamento, é todo um projeto cultural com atrações dentro de um calendário para o ano todo. Temos dotação orçamentária para a a mobilização cultural. Por que escolhemos Parnaíba?

Porque queremos interiorizar a cultura, é isso que nos interessa. Estamos abrindo outros Centros Culturais BNBs em outras cidades do interior do Nordeste, como Vitória da Conquista e Sousa, na Paraíba. Ou-tro dado importante é que 37% dos empregos formais gerados no Nordeste são resultado de aplicações do BNB, ou seja, de projetos financiados pelo BNB.

Somos um Banco com R$ 71 bilhões em ativos totais e com 7.150 funcionários, sendo o nono maior do país e entre os 350 maiores do mundo. Não podemos esquecer que o BNB é o maior banco de desenvolvimento da América Latina. Nossa meta é aplicar os recursos para cumprir a missão do BNB de ajudar a desenvolver o Nordeste.

Temos o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), que iremos aplicar em sua plenitude tanto no agronegócio como aos microprodutores rurais, contribuindo para atenuar as desigualdades. Somos o maior banco de microfinanciamento da América Latina, com o AgroAmigo e o Crediamigo, atendemos a 1,6 milhão de clientes. Aplicando R$ 7 bilhões.

Fonte: meio norte

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