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Famílias atingidas pela Transnordestina criam associação

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Com o objetivo de organizar e orientar os atingidos pela Ferrovia Transnordestina na luta por seus direitos, o padre Geraldo Gereon convocou famílias dos municípios de São Francisco de Assis do Piauí, Bela Vista do Piauí, Nova Santa Rita do Piauí, Simplício Mendes e Campo Alegre do Fidalgo a participarem da fundação da Associação dos Atingidos pela Ferrovia Transnordestina (AFT).A reunião para a fundação da associação foi realizada na cidade de Bela Vista do Piauí e contou com a participação do padre Geraldo Gereon idealizador e incentivador da causa. Além da participação do prefeito de Bela Vista do Piauí Josimar Coelho de Almeida, Elísio Barbosa Coelho presidente da Cooperativa Mista dos Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes (COMAPI), Bartolomeu José Coelho presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bela Vista do Piauí, Ademar Fialho secretário municipal de agricultura de Bela Vista do Piauí, Paulo Jorge da Costa presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Francisco de Assis do Piauí e os vereadores Gilvan Tolentino e Francisco Antônio Barbosa ambos de Bela Vista do Piauí.

O agente de pastoral social José de Anchieta Moura fez a leitura do estatuto e logo em seguida foi feita a votação para a escolha da denominação da associação que foi aprovado por todos. Luís Filho de Sousa Coelho foi eleito presidente da associação.  A associação foi registrada com 86 sócios. As principais reivindicações das famílias são: O pagamento das indenizações correspondentes ás áreas da faixa de domínio, apresentação das vias de acesso, indenizações pelos prejuízos causados ás famílias nas áreas fora da faixa de domínio e a realização de uma audiência pública.

Os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais dos municípios de São Francisco de Assis do Piauí, Bela Vista do Piauí e Simplício Mendes, solicitaram uma audiência pública, mais a Transnordestina se negou a realizar a audiência alegando que o projeto de adequação viária não estava concluído afirmou o agente de pastoral social José de Anchieta Moura.

“Não somos contra a execução da obra, mais não podemos assistir de braços cruzados tantos absurdos causados na execução dessa obra. Essas famílias merecem ser tratadas com respeito e honestidade”, disse o padre Geraldo Gereon para a reportagem do Portal AZ.

A reportagem do Portal AZ em companhia do agente de pastoral social da Fraternidade São Francisco de Assis (FFA) José de Anchieta Moura, visitaram algumas famílias atingidas pela Ferrovia Transnordestina no município de Bela Vista do Piauí e constataram alguns problemas bem distintos uns dos outros no mesmo município, como é o caso da família da senhora Maria José Oliveira Costa moradora da localidade Santiago.

Durante o inverno deste ano,  Maria José teve a sua casa invadida pela água da chuva, em consequência de um bueiro instalado na lateral da parede da Ferrovia.

“Ficamos todos apavorados com a invasão da água. Antes nunca tivemos nenhum problema com a chegada das chuvas. Mas com a construção desse bueiro tudo mudou. Passei várias noites durante o inverno sem dormir com medo”, desabafou a moradora.

A associação beneficente Fraternidade São Francisco de Assis (FFA) que tem como presidente o padre Geraldo Gereon, contratou a advogada Gismara Moura Santana para atuar na defesa das famílias atingidas pela ferrovia Transnordestina.

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Francisco de Assis do Piauí moveu uma ação coletiva de direito á informação na comarca de Conceição do Canindé.O juiz da vara única doutor Edilson Chaves de Freitas, deferiu a petição e mandou citar a Ré Transnordestina para que a mesma apresente sua defesa sobre os fatos alegados na inicial. A audiência pública que as famílias atingidas estão solicitando é para esclarecimentos, principalmente sobre as vias de acesso nas propriedades rurais desapropriadas. É fato que mais de 90% das propriedades rurais foram divididas em duas partes, ficando uma para cada lado da ferrovia impedindo o acesso dos proprietários.

“Os prejuízos causados são de ordem moral, financeira e social das famílias desapropriadas”, disse a advogada Gismara Moura Santana para a reportagem do Portal AZ.

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