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Gás de cozinha vai aumentar mais 9%

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Cozinhar vai ficar mais caro em Teresina a partir do próximo mês. É que o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), popularmente conhecido como gás de cozinha, deve sofrer reajuste de 9% em setembro. A informação foi repassada ontem pela Associação Brasileira dos Revendedores de GLP, ASMIRG-BR. Hoje, o preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF) do GLP é de R$ 3,47, conforme a tabela do Confaz.

O último reajuste (11%) foi praticado na capital no mês de março, quando o botijão de gás pequeno (13 kg) que custava entre R$ 45 e R$ 48 subiu para R$ 50,00. Além do GLP, os reajustes atingiram a gasolina, o álcool etílico hidratado, o diesel, o gás natural, o querosene de aviação.

Segundo o diretor do Sindicato dos Revendedores de Gás (Sindirgás) de Teresina, Manoel do Nascimento Costa, todo mês de setembro acontece reajuste no GLP, mas que as companhias distribuidoras ainda não repassaram o valor total deste aumento para as 150 revendedoras da capital.

“Sabemos que o reajuste será entre 9 e 10%, mas não fomos informados de quanto em dinheiro será acrescido no valor atual. Só vamos repassar o valor para os consumidores quando as companhia distribuidoras (Nacional Gás, Ultragás e Liquigás), que abastecem Teresina, fizerem o primeiro disparo”, afirmou o diretor, acrescentando que fica a cargo da revendedora repassar ou não o rejuste para a clientela. “Na minha revendedora deixei de aplicar alguns reajustes porque não recompensava. O último reajuste de R$ 1,50 eu não executei. Mas se no próximo mês o valor for alto vou ter que seguir”.

O GLP destinado ao uso residencial não é reajustado pela Petrobras S.A desde 2002. No entanto, as distribuidoras têm realizado reajustes anuais. “Conforme as despejas deles aumentam, o valor do gás aumenta. Talvez seja devido à crise, a inflação, ao aumento dos impostos. Infelizmente. não temos como evitar”, afirmou

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Para a dentista, Alessandra Moraes, moradora do bairro Marquês, zona Norte de Teresina, o aumento é reflexo de um abuso do Governo na cobrança de impostos em tudo que a população consome. “Aqui eu pago R$ 50 no botijão e nem sei quanto de imposto estou pagando. E pelo que estou acompanhando a inflação não para de crescer. É lamentável”, desabafou.
Quem tem estabelecimentos onde o gás é fundamental enfrenta uma situação difícil. É o caso do gerente de restaurante Herbert Costa, que usa cinco cilindros de 48 kg que custam em média R$ 160 a unidade. A troca é feita duas vezes por semana e diante do aumento, ele não sabe o que fazer. “Se a gente passar todos os aumentos para o cliente, daqui a pouco não teremos mais clientes”, lamentou.

Clandestinos- os revendedores teresinenses continuam na luta contra ao comércio clandestino do gás de cozinha. Segundo o sindicato, há proprietários que repassam a mercadoria a preço mais baixo para clandestinos que revendem sem nenhuma segurança e muitas vezes com peso adulterado.

“Os clandestinos pegam o botijão cheio e usam uma espécie de chupeta para retirar o gás e colocar em um botijão vazio. O consumidor pensa que está comprando um botijão com 13 quilos, mas na verdade está levando com peso bem abaixo, às vezes até 8 quilos” declarou Manoel Costa.

 

Diário do Povo

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