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IML usa novo equipamento que permite recuperar arquivos de celulares

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O Instituto Médico Legal de Teresina anunciou hoje em entrevista coletiva detalhes sobre a investigação do crime praticado contra o jornalista Elcio Feitosa. O corpo dele foi encontrado carbonizado no dia 3 de outubro. O assassinato foi friamente planejado por Mádson Pereira da Costa, de 20 anos, com quem a vítima mantinha relacionamento.

Para encontrar o assassino, a Polícia Técnico Científica do Piauí usou pela primeira um equipamento chamado Ufed Touch, que permite a recuperação de mídia apagada em dispositivos eletrônicos, mesmo se outros dados tiverem sido gravados por cima. O aparelho foi doado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública e agora passará a auxiliar nas investigações.

O Ufed Touch possui uma tecnologia que permite descriptografar dados de diversas plataformas como celulares, computadores de mesa, notebooks e tablets. O aparelho é compatível com mais de 10 mil modelos de celulares e trabalha através de conexões a cabo recuperando mídias (vídeos, fotos, documentos, mensagens áudios) apagadas ou que tenham algo gravado por cima.

Como ferramenta de análise forense, o aparelho permite ainda a geração de relatórios sobre os aparelhos que tiveram os dados coletados com históricos de atividades e quebra e fornecimento de senhas.

O perito de informática do IML, Janielton de Sousa Veloso, informou que a foto do acusado, recuperada pelo Ufed Touch ,havia sido enviada pela vítima para um amigo, através do Whatsapp. Elson estaria em um motel com o assassino e ainda não imaginava o que aconteceria no dia seguinte. A imagem, entretanto, havia sido deletada pelo amigo. “O Piauí foi o primeiro estado do Nordeste a usar esse equipamento, que nos permitiu recuperar o arquivo perdido e chegar até o Mádson”, disse o perito.

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Técnicas de reconhecimento

O diretor do Instituto Médico Legal, Antônio Nunes, afirmou que encontrou dificuldades em fazer o reconhecimento do corpo de Elson Feitosa, por estar em parte carbonizado. Assim, os médicos legais tiveram que utilizar de exames de arcada dentária, testes de DNA e reconstituição de digitais para identificar o jornalista.

Uma das técnicas aplicadas foi a reidratação da pele vítima para que fosse possível recuperar as digitais. “Esse procedimento durou 48h”, disse Antonio Nunes, que também comparou exames odontológicos realizados por Elson Feitosa com a arcada dentária do corpo encontrado.

A causa da morte foi “traumatismo craniano por encontro de objeto de alta energia cinética”. As pancadas na cabeça provocaram o desnivelamento e afundamento do crânio nos lados esquerdo e direito. Além disso, os peritos encontraram pedaços de saco plástico no nariz e no lado esquerdo da cabeça, o que indica morte também por asfixia.

 

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Portal O Dia

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