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CTA de Picos recebe equipamento que facilita apuração das cargas virais do HIV e Hepatite C

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O Ministério da Saúde enviou para Picos o que há de mais moderno em equipamentos para aferição de carga viral no sangue de pessoas infectadas pelo vírus do HIV e da Hepatite C. O Gene Xpert é um equipamento compacto, diferente de todos os existentes, e consegue trabalhar até 29 tipos de infecções, contudo, em Picos, trabalhará as doenças anteriormente citadas.

De acordo com a coordenadora do Centro de Testagem e Aconselhamento, Isabel Fontes, O Ministério da Saúde fez um estudo em todo o país para ver em que regiões seriam mais necessárias o equipamento e Picos se enquadrou. Com isso, a Prefeitura Municipal e Secretaria de Saúde iniciaram a coleta de todos os documentos necessários para que a cidade pudesse ser contemplada com a máquina.

Após um ano de trabalho, o Ministério Público enviou, na semana passada, o equipamento, e ainda ministrou um curso sobre manuseio com os profissionais do local. De todo o Estado, Picos é a única cidade que possui a máquina.

Aparelho compacto

“É um equipamento novo onde as coletas que eram realizadas em Picos e que iriam para Teresina para estudo, agora poderão ser realizadas aqui mesmo. Antes, quando esses exames iam para Teresina, precisaríamos esperar o resultado em um período de 15 a 20 dias. Hoje, o paciente espera de 95 a 120 minutos, com a realização desse aparelho. O paciente pode aguardar aqui mesmo o resultado. Isso é muito importante, porque esses exames são para pessoas diagnosticadas tanto com HIV quanto com Hepatite C. Vale ressaltar também o tamanho do aparelho. É o menor que existe. Em todos os outros lugares que possui essa análise de carga viral, os aparelhos ocupam uma sala enorme e são divididos em várias etapas. Esse faz todas as etapas de uma vez só e em alguns minutos ou horas, o que nos outros levam dias”, explicou Isabel Fontes.

Ela detalhou ainda que o equipamento faz análise da quantidade de vírus que existe em cada gota de sangue do paciente infectado para, após isso, definir qual o tratamento mais adequado de combate à doença.

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Kit de coleta e análise de carga viral

“O equipamento faz a carga viral. O que isso significa? Dependendo da quantidade de vírus no sangue é que podemos realizar o tratamento adequado, qual medicação mais indicada o paciente deverá tomar. E o equipamento também faz o acompanhamento a cada três ou quatro meses, para saber se a medicação está surtindo efeito ou precisa ser mudada. Estamos felizes e agradecidos com todo esse apoio que a Prefeitura, junto com a Secretaria, estão nos dando aqui para o CTA, ajudando a inovar cada vez mais”, destacou.

Casos de HIV
Segundo Isabel, os casos de HIV aumentaram em mais de 100%, comparando de janeiro até setembro, com os dados do ano passado.

Isabel Fontes, Coordenadora do CTA

“No ano passado nós tivemos 24 casos. Este ano, até o mês passado – setembro –, nós tivemos 52 casos, o que é um aumento enorme. Contudo, todo esse aumento é graças à ampla divulgação que temos feito de nossos serviços”, disse ela.

Questionada se o aumento dos casos não poderia ser pela falta de cuidado das pessoas, a coordenadora discordou, pois o que comprova é que o paciente, além de estar em constante contato com as ações de preservação, faz o exame por conta própria, sem ser forçado.

“Uma das principais ações que fazemos é a prevenção. Falamos das doenças e fazemos distribuição de preservativos e lubrificantes. Não é descuido, mas divulgação. Nossa demanda é espontânea, ou seja, a pessoa sente o desejo de vir e faz o exame por conta da divulgação que tem chamado a atenção da população. Especialmente por tratarmos com sigilo os nossos dados. Outro fator que prova que não é descuido é que essas doenças não têm sinais e sintomas, então não tem como a pessoa vir fazer sabendo que está doente. Por isso reiteramos a importância em vir o  realizar os testes”, frisou.

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