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Em Vila Nova, trabalhadores promovem manifestação contra Reforma da Previdência; fotos

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Em homenagem ao Dia do Trabalhador, comemorado no dia 1º de maio, os trabalhadores rurais e de demais classes da cidade de Vila Nova do Piauí, se reuniram na manhã desta quarta-feira (1º) em manifestação contra Reforma da Previdência. O ato aconteceu em frente a Escola Luís Ubiraci de Carvalho, onde houve concentração com trabalhadores e líderes sindicalistas de diversos municípios como Monsenhor Hipólito, Alegrete, Campo Grande, Picos entre outros.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Vila Nova, Sandra Leal, iniciou discurso reivindicando que as medidas que estão tramitando para Reforma da Previdência são desvalidas e prejudiciais para os trabalhadores em várias classes.

“A Reforma da Previdência sendo aprovada vai trazer miséria para a zona rural e para os pequenos municípios. Em Vila Nova, a maioria são trabalhadores rurais. O dinheiro que circula aqui é na maioria vindo de aposentadorias, pensões e salário maternidade. Com a reforma da previdência sendo aprovada vai congelar durante anos e vai impactar a todos. Vai afetar os trabalhadores, comerciantes, administração pública municipal dentre outros setores”, pontuou Sandra.

A secretária de Mulheres da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Piauí (FETAG), Marlene Veloso, destacou que a luta é de todos porque afeta todas as classes.

“Essa proposta da previdência de igualar idade dos trabalhadores rurais é criminosa porque quer elevar para 62 anos a idade a aposentadoria como é também o caso dos professores. É nocivo um professor atuar em sala de aula com 62 anos. Isso estende para toda classe trabalhadora”, discursou destacando que os trabalhadores devem se unir e reivindicar.

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“A deputada Margareth Coelho foi uma das que votou na Reforma. Isso nos entristece porque foi nossa vice-governadora e tive grande decepção porque essa reforma impacta nocivamente […] a gente sabe o tanto que nosso povo sofre e muitas vezes o agricultor deixa de comprar o que comer para depositar 2% no Sindicato […] a que ponto essa reforma nos favorece?” questiona Marlene.

Colaborador do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR), José Antônio, também facultou a palavra e lembrou que há muitos proprietários de empresas e comércios que estão de acordo com a reforma e, como consequência, caso seja aprovada, trará prejuízos às empresas e comércios, pois vai diminuir o poder de circulação monetária afetando as vendas de mercadorias, causando prejuízos para a classe empresarial e comerciária.

“Se o comerciante ou empresário apoiar a reforma consequentemente acarretará prejuízos para os trabalhadores e aposentados e certamente vai diminuir as vendas no comércio. É preciso que tenhamos essa preocupação!”, exclamou recomendando aos trabalhadores, comerciantes e empresários.

Coordenadora do Pólo Sindical de Picos, Joelma Gomes, no uso da palavra, destacou que a sustentabilidade dos municípios de pequeno porte é oriundo do trabalhador rural e da classe trabalhadora.

“A sustentabilidade dos municípios como Vila Nova e outros que são pequenos é do trabalhador rural, por conta dos aposentados, dos beneficiados com auxílio doença e muitos que são aposentados por invalidez correm o risco de perder, por conta da injustiça que está sendo feita na nossa categoria”, enfatizou durante discurso.

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O vice-prefeito de Vila Nova do Piauí, Antônio Tiago, defendeu a luta dos trabalhadores rurais ressaltando que a classe trabalhadora é quem garante o sustendo do país.

“A classe trabalhadora é a mais afetada porque é quem sustenta a alimentação brasileira e quem coloca a comida na mesa do deputado, do presidente e, na realidade é quem tem menos lucro e quem tem a menor renda”, destaca.

“Não se pode mexer no salário mínimo, é irredutível. Ficamos triste com essa reforma. Votamos em deputados como Júlio César que levou mais de mil votos daqui de Vila Nova. Júlio César foi um dos que aprovou essa reforma”, destaca o vice-prefeito de Vila Nova.

O prefeito de Vila Nova do Piauí, Edilson Brito, declarou em discurso que está do lado dos trabalhadores e que irá lutar a favor da classe.

“Eu estou do lado dos trabalhadores rurais. Sou filho de agricultor, fui agricultor e sei o que é trabalhar no campo, por isso digo a todos vocês que estarei sempre ao lado do povo de Vila Nova, ao lado dos trabalhadores do campo, ao lado dos professores e de toda a classe trabalhadora. Sempre digo, cumpro e reforço que podem contar comigo sempre”, declarou o prefeito de Vila Nova do Piauí.

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Maria Cândida, representante do Sindicato dos Servidores em Educação, relembrou o período quando foi instaurado o poder de benefício do salário mínimo durante o período do Governo Getúlio Vargas no Brasil.

“O salário mínimo quando foi criado dava para as necessidades e hoje perdeu o seu valor. Temos que entender as lutas que foram conquistadas nesses 519 anos e hoje vemos um desmonte desses direitos. Em pleno século XXI estamos aqui brigando por um direito mínimo […] enquanto povo brasileiro nossa luta e nossa resistência será sempre […] essa reforma é para agradar aos banqueiros e ao mercado financeiro. É uma reforma injusta e cruel. As mulheres que são professoras estão sendo vitimadas de um golpe”, lembrou a professora Cândida.

Após discurso, os manifestantes seguiram em passeata com destino a sede do Sindicato, saindo da avenida Central, passando pela rua Joaquim Patrocínio de Lima, onde está situado o STTR vila-novense, para a celebração eucarística, onde entoaram o grito de Lula Livre! 

A celebração, presidida pelo padre Gildo Coelho, durante homilia, abençoou os trabalhadores mencionando São José Operário, como padroeiro da classe trabalhadora.

“Trabalhadores e trabalhadoras, que neste dia dedicado a aqueles que diariamente lutam pela vida e pelo sustendo de sua família e que se reuniram para caminhar, refletir e celebrar essa santa eucaristia, fazemos memória a São José Operário”, mencionou padre Gildo abençoando os agricultores e trabalhadores vila-novenses.

Em entrevista ao Cidadesnanet, o sindicalista que foi o primeiro prefeito de Vila Nova do Piauí, Antônio Manoel, gestor entre os anos de 1997 a 2000, conhecido como Totonho, membro fundador do STTR de Vila Nova, no final da década de 70, época em que pertencia a cidade de Padre Marcos destacou que a luta vem passando de geração em geração juntamente com outros companheiros.

“Colaboramos na organização e sempre estamos no apoio porque acreditamos que a união faz a força e busca a solução para tantos problemas que temos hoje. A partir desse evento e da marcha estadual das Margaridas, acreditamos que podemos sensibilizar os deputados em Brasília que criem consciência e não prejudiquem a classe trabalhadora do Brasil”, enfatiza.

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Conselheiro Fiscal do Sindicato, seu Biu, avaliou o ato como positivo e elogiou a direção da entidade.

“É muito importante essa manifestação e digo que temos aqui uma diretoria muito eficiente”, disse.

A diretoria do STTR de Vila Nova é formada pela Presidente, Sandra Leal; a vice-presidente, Giseuda Sousa; secretária de Política Agrária, Maria Genilda; secretário de Finanças, Evaristo Jorge; secretário geral, Zacarias Sousa; secretário de Jovens, Israel; a secretária de Mulheres, Gardênia e o conselheiro Fiscal, Seu Biu.

No tocante a marcha Estadual das Margaridas, está prevista para o dia 06 de maio em Teresina com encerramento na Assembleia Legislativa onde haverá Audiência Pública.

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