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POLÍTICA

Financiamento público vai cair, diz Marcelo Castro

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O ex-relator da reforma política na Câmara Federal, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), disse ontem ao Diário do Povo que o mandado de segurança que foi impetrado junto ao Supremo Tribunal Federal pedindo anulação da votação que aprovou o financiamento privado de campanha deve sair vitorioso no STF. “Eu acho que eles têm razão e vão sair vitoriosos, acredito que eles terão êxito no Supremo”, disse Castro.
Sessenta e três deputados federais de seis partidos (PCdoB, PT, Psol, Pros, PPS) deram entrada anteontem (30) em ação que defende a inconstitucionalidade da segunda votação que legalizou as doações de empresas a partidos.O texto que viabiliza o financiamento privada de campanhas eleitorais foi uma manobra do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que não aceitou a primeira votação no Plenário que mantinha a forma de financiamento atual que é público.
Segundo o grupo de parlamentares, pela Constituição, o Plenário precisa aguardar o prazo de um ano para votar novamente uma matéria rejeitada. De acordo com esse argumento, a segunda votação que aprovou a doação de empresas a partidos políticos é inválida.
O deputado Marcelo Castro explicou ainda que não está entre os deputados que entraram com mandado de segurança no STF porque não é frontalmente contra o financiamento privado de campanhas eleitorais. Ele afirma que votou e votará novamente, se necessário, contra as doações de empresas para partidos e candidatos porque é preciso dar um basta na “promiscuidade entre os doadores e partidos políticos”
“Não sou contra a contribuição de empresa não, mas é eu acho que nós chegamos a um nível de degradação tão grande, de promiscuidade entre os doadores e partidos políticos que o melhor que a classe política faria, seria ficar longe de empresas pelo menos por uns tempos”, afirmou Marcelo.
O parlamentar disse ainda que a reforma política só não está sendo um completo desastre porque ele um grupo de deputados federais, contrários às posições de Eduardo Cunha, interferiram.
“Essa reforma só não foi um desastre maior porque nós interferimos. Nós tivemos uma chance excepcional, uma chance de fazer uma reforma política importante, profunda, que viesse atender o interesse nacional e estamos fazendo uma reforma pífia, mínima”, desabafou Marcelo. O ex-relator destacou a vitória em não deixar passar o distritão. Segundo ele, isso sim, seria um “retrocesso imenso”, finalizou o deputado. (CS)

 

Diário do Povo

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