Connect with us

NOTÍCIA DESTAQUE

Estudantes responsabilizam seguranças por danos ao patrimônio da Ufpi

Publicado

em

A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra três estudantes da Universidade Federal do Piauí (Ufpi) repercutiu em meios aos movimentos estudantis e vários centros acadêmicos (CAs) se reúnem em uma assembleia, nesta segunda-feira (06/08), para discutirem a situação dos acusados. Em Teresina, a presidência do CA do curso de Educação no Campo alegou que a reitoria não cumpriu um suposto acordo para impedir o caso de parar na Justiça comum.

Ao Oito Meia, Messias Nassau explicou que a denúncia é uma forma de marginalizar movimentos estudantis e que o centro acadêmico deixou à disposição dos réus um advogado, pois o caso já está nas mãos da Justiça Federal. Em outras palavras, Daniel da Silva Santos, Francisco Sávio Silva Santos e Igo dos Santos Ribeiro Santos Carvalho respondem a um processo criminal por dano ao patrimônio público.

Segundo a denúncia, nos dia 08 de agosto de 2017, os jovens teriam quebrado portas de vidro, computadores, impressoras, entre outros objetos durante a ocupação do prédio da reitoria por cerca de 150 estudantes. A “invasão” aconteceu em protesto contra a administração superior da Ufpi, de forma a exigir um edital para o ingresso de mais alunos no curso de Educação no Campo da instituição.

“FOMOS AGREDIDOS E EMPURRADOS”

“Em momento algum, houve essa questão de depredação, principalmente de computadores, impressoras. São coisas inverídicas. A gente tentou entrar na reitoria e houve a repressão do aparato de segurança da universidade e aconteceu o que aconteceu. Para começar, éramos mais de 150 e não apenas três. Nós fomos agredidos, empurrados e tem tudo isso para ser ouvido. Só queríamos falar com o reitor”, explicou Messias ao Oito Meia.

Publicidade

Messias Nassau, presidente do CA de Educação no Campo, questiona o que motivou a denúncia contra somente três alunos de um total de 150 manifestantes (Foto: André Luís/OitoMeia)

E o representante estudantil vai mais além e responsabiliza a força de segurança da Ufpi pelos danos causados no dia da ocupação. Um “empurra, empurra” entre os ocupantes e os seguranças provocou a quebra dos patrimônios alegados, cuja denúncia nem foi oficializada pela reitoria, mas sim pela Polícia Federal (PF). A corporação fazia uma investigação sobre entorpecentes na instituição e, coincidentemente, soube do protesto e decidiu investigar.

“Meses atrás, tínhamos uma audiência com o reitor [José de Arimateia Dantas] e foi dito que não foi ele que fez as denúncias. A PF usou câmeras, depoimentos e denunciaram os três meninos. O que achamos espantosos é que eu, enquanto presidente, e várias outras pessoas não foram indiciadas. Por que os três meninos? Para nós, é uma tentativa mesmo de marginalizar o movimento estudantil dentro da universidade”, argumentou o estudante.

“MÁ FÉ DO MPF E DA UFPI”

Ainda foi revelado que, durante esta semana, os movimentos estudantis responderão às acusações, inclusive por parte da imprensa, conforme alegou Messias. Para ele, houve má fé do MPF e da Ufpi. “Esse caso não deveria ter terminado desse jeito”, concluiu. Por se tratar de uma denúncia oferecida pelo MPF, a assessoria de imprensa da instituição ressalta que não tem como se posicionar sobre os questionamentos levantados pelo Oito Meia e que a universidade também foi judicializada, assim como os estudantes supracitados.

Publicidade

 

Fonte: Oito Meia

Publicidade

Facebook

MAIS ACESSADAS