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Prefeitos piauienses contestam números do IBGE que apontam queda populacional

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Cerca de 50 municípios piauienses têm perdido população, de acordo com as últimas pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas os prefeitos questionam os resultados. No ano passado, o órgão recebeu 7 contestações da pesquisa populacional, de gestores que afirmam ter mais gente habitando as cidades do que mostram os números.

Esses 50 municípios representam 25% do total de cidades do estado. Como a população é o fator que define os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), perder população significa perder recursos.

Na contestação, os prefeitos apresentam outras formas de contagem, baseadas em atendimentos médicos feitos na cidade, que indicariam maior número populacional. Para o IBGE, entretanto, esses números não são válidos como prova. “Nossa metodologia é internacionalmente reconhecida, mas o que acontece é que os prefeitos querem estabelecer uma contagem própria, relacionada, por exemplo, ao número de atendimentos no posto de saúde. Só que muitas dessas pessoas podem ser do município vizinho”, explica do chefe do IBGE no Piauí, Leonardo Passos.

Aproximadamente 160 cidades piauienses estão na menor faixa de repasse do FPM (0,6), por terem menos de 10.189 pessoas. O chefe do IBGE esclarece que o dado populacional é fechado tendo como base o último Censo, realizado em 2010, e atualizado, anualmente, com os números de cartórios quanto a nascimento e óbito.

“As mulheres estão tendo menos filhos. Em 2000, a média era de 2,77 filhos por mulher. Agora é de 1,7 filho. Além disso, apesar da nossa expectativa de vida estar aumentando, o Piauí ainda é um dos estados com a menor taxa de esperança de vida ao nascer”, acrescenta Leonardo.

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O Censo 2020 vai balizar todas as pesquisas  IBGE para a próxima década. Isso significa que a população dos municípios vai ser atualizada com dados mais precisos.

13 mil a menos todo ano

Outro dado que o IBGE revela nas pesquisas é o alto número de piauienses que saem do estado. O saldo migratório (imigração – emigração) é negativo no Piauí. Segundo as estimativas, em média, 13 mil pessoas saem do Piauí todos os anos a mais do que as que entram. Essa saída ocorre especialmente dos municípios menores, onde há menos estrutura e menos oportunidade de trabalho.

Por causa desses três pontos (taxa de natalidade reduzida, baixa expectativa de vida e alta emigração), o Piauí será o primeiro estado brasileiro a registrar redução da população. A previsão é que o estado tenha queda no total da população já no ano de 2032. As projeções apontam que o Brasil só terá redução em 2048. Os dados apontam também que, em 26 anos, o estado terá mais idosos do que crianças.

Fonte: Cidade Verde

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