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GERAL

Agrotóxico contamina em até 83,4% das amostras do leite materno

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O glifosato é o agrotóxico de maior risco potencial para a saúde humana por ser o mais comercializado no mundo, no Brasil e no Piauí. Baseado nessa constatação, o pesquisador Inácio Pereira Lima avaliou a contaminação do leite materno pelo agrotóxico glifosato em mães que deram à luz a seus filhos em maternidades públicas do Piauí, e constatou que 83,4% das amostras de leite materno de mães de Uruçuí (497 km de Teresina), município dos Cerrados com agricultura de larga escala de soja, milho, algodão e sorgo, estavam contaminados pelo agrotóxico. Também foram constatadas que 46,1% das amostras do leite são das mães do município de Oeiras (278 km da capital).

Inácio Pereira Lima analisou 62,5% das amostras coletadas em Oeiras e Uruçuí, detectando-se presença de glifosato ou ácido aminometilfosfônico em 64% delas. “Conclui que foi alta a contaminação do leite materno pelo agrotóxico glifosato, comprovando-se sua gravidade e importância, enquanto fator de risco à saúde da mulher e da criança”, apontou Inácio Pereira Lima, em sua dissertação “Avaliação da contaminação do leite materno pelo agrotóxico glifosato em puérperas atendidas em maternidades públicas do Piauí”, apresentada no Mestrado, feito no Programa de Pós-Graduação em Saúde da Mulher, do Centro de Ciências da Saúde (CCS), da Universidade Federal do Piauí.

O leite foi coletado de puérperas, que são as mulheres que estão na situação de pós-parto. Nesta fase, o corpo da mulher está em processo de recuperação da gravidez, sofrendo uma série de modificações físicas e psicológicas. Durante o puerpério, a mulher é clinicamente chamada de puérpera.

A coleta do leite foi feita em 164 mulheres em pós-parto em Teresina; em 27 mulheres em Oeiras e 13 no município de Uruçuí.

A pesquisa foi feita com mães que eram à luz na Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina; no Hospital Regional Dirceu Arcoverde, de Uruçuí, e; no Hospital Regional Deolindo Couto.

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Piauí é o 14º maior consumidor de agrotóxicos do país

De acordo com o pesquisador Inácio Pereira Lima, o acelerado crescimento econômico brasileiro na área de agricultura, traz consigo o uso em larga escala de agrotóxicos para preservar os plantios contra a ação danosa de seres vivos, animais e vegetais, a ponto de titular o Brasil como o país maior consumidor mundial desses produtos.

Inácio Pereira Lima analisa que mesmo sendo a agricultura o maior campo de aplicação, outras atividades são também consumidoras de agrotóxicos como a agropecuária, a produção industrial, as madeireiras, a silvicultura, o manejo florestal, a preservação de estradas, a saúde pública, o controle de algas, a desinsetização e a desratização.

Recente relatório divulgado pelo Ministério da Saúde sobre Populações Expostas a Agrotóxicos, numa série histórica de sete anos, demonstra tendência de crescimento do binômio consumo de agrotóxico e área de cultivo agrícola.

Em 2007, o consumo de agrotóxico em quilograma (kg) por hectare (ha) plantada foi de 10,32 kg/ha, elevando-se para 16,44 kg/ha no ano de 2013.

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Lima diz que ao correlacionar consumo de agrotóxicos com a população residente dos dois anos referidos, foi constatado que o consumo per capta de agrotóxico (kg) por habitante (hab) ano, dobrou em sete anos, passando de 3,49 em 2007 para 6,09 kg/hab/ano em 2013, e como impacto na saúde o Brasil notificou neste último ano 12.534 casos de intoxicação por agrotóxicos, com incidência de 6,23 casos por cem mil habitantes, admitindo-se ainda possível de subnotificação, vez que para cada caso notificado 50 deixam de ser notificados.

“Tal incidência assemelha-se às de outras doenças notificadas no mesmo ano em outras unidades da Federação, como os casos de meningite, notificados na região Nordeste, que apresentou incidência de 6,4 casos por cem mil habitantes. E a hepatite no Piauí que atingiu incidência de 5,6 casos por cem mil habitantes”, afirma Inácio Pereira Lima, em sua dissertação de mestrado em Saúde da Mulher.

De acordo com Inácio Pereira Lima, dentre os Estados mais comercializadores de agrotóxicos no ano de 2013 consta o Piauí na décima quarta posição no ranking nacional, com 10.126.913 quilos comercializados, com média consumida de 6,73 quilos por hectare. Com base nos produtos vendidos e a população residente neste mesmo ano, o pesquisador constatou que o consumo de agrotóxicos no Piauí per capita a de 3,18 quilos por habitante ao ano.

A agricultura de larga escala de soja, milho, algodão e sorgo, estavam contaminados pelo agrotóxico glifosato (Crédito: Divulgação)
A agricultura de larga escala de soja, milho, algodão e sorgo, estavam contaminados pelo agrotóxico glifosato (Crédito: Divulgação)

Comercialização do glifosato no Piauí é cerca da metade de todos os outros agrotóxicos

Em sua dissertação de Mestrado, Inácio Pereira Lima, informa que no estado do Piauí o registro de comercialização de agrotóxicos é de responsabilidade da Agência de Defesa Agropecuária (ADAPI), e o controle de cadastro é feito por município e pelo nome comercial do produto.

De acordo com o banco de dados da ADAPI, no ano de 2014 foram cadastrados 623 produtos, destes só com o nome glifosato foram cadastradas 11 formulações. Ele afirma que no contexto dos agrotóxicos, o glifosato tem liderado o mercado mundial da categoria de herbicidas, com 60% das vendas de todos os ingredientes ativos. Tal liderança se confirma também no mercado brasileiro, onde este produto responde por 33,6% dos agrotóxicos comercializados.

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No Piauí, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), a comercialização do glifosato nos últimos anos tem representado cerca da metade de todos os agrotóxicos.

“Em meio ao cenário agrícola de crescente consumo de agrotóxico, encontra-se a população trabalhando, consumindo, vivendo ou em circulação no entorno de áreas de manejo desses produtos. Tal situação configura exposição humana a agrotóxico, podendo implicar variados efeitos danosos e sistêmicos à saúde, sendo um deles o sistema endócrino, podendo atingir o organismo pelas vias dérmica, respiratória e oral”, adianta o pesquisador.

Para o pesquisador, uma vez instalado no sistema endócrino em período gestacional ou puerperal, o agrotóxico pode causar múltiplas consequências à saúde da mulher, assim como para a criança amamentada, vez que é excretado também pelo leite materno.

Segundo relatório publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), as complicações decorrentes de exposição a agrotóxicos para a saúde humana compreendem: alergias; distúrbios gastrintestinais, respiratórios, endócrinos, reprodutivos, neurológicos, neoplasias, suicídios e mortes acidentais, tendo como grupos de maior vulnerabilidade os trabalhadores, crianças, gestantes, lactentes, idosos e pessoas com problemas de saúde, cujas manifestações podem ocorrer de forma aguda ou crônica.

A importância do aleitamento materno permanece preservada

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O pesquisador Inácio Pereira diz que apesar das evidências científicas de contaminação do leite materno por agrotóxicos, a importância do aleitamento materno à criança permanece preservada, sendo recomendado como alimentação exclusiva nos primeiros meses de vida, por favorecer o bom desenvolvimento do estado nutricional, a prevenção de diversas doenças e a redução mortalidade infantil.

“O processo de produção de leite materno tem três fases: a primeira denominada lactogênese I, que inicia na gravidez quando a mama começa a ser preparada sob ação de diversos hormônios; a lactogênese fase II acontece a partir do nascimento da criança até o quarto dia do pós-parto, e se caracteriza pela descida do leite dos alvéolos para o mamilo. A última fase é denominada galactopoiese, que compreende todo período de lactação. O leite produzido nos primeiros dias é denominado colostro, rico em proteínas e menos gorduroso que o leite normal que é formado a partir do sétimo dia. A anatomia da mama é formada por gordura e tecidos de sustentação, que envolve os alvéolos em quantidade variada que reflete no tamanho do seio de cada mulher, embora a produção de leite independa da quantidade de tecido glandular”, afirma Lima, em sua pesquisa.

Ele declarou que a mulher ao amamentar provoca o surgimento de estímulos sensoriais que vão do mamilo ao cérebro, este, através da hipófise, segrega prolactina que circula através do sangue para a mama fazendo as células secretoras dos alvéolos produzir leite.

Ele adianta que o tecido gorduroso pode servir de repositório dos agrotóxicos instalados no organismo da mulher, e ao circular pelas veias sanguíneas, pode comprometer os eritrócitos, causar lise na membrana placentária e comprometer o feto. A composição da mama com tecido gorduroso, a receptividade deste à acumulação de agrotóxicos pela via sanguínea por onde também circula a prolactina, que comanda a produção de leite pelos alvéolos, evidencia a possibilidade do leite materno ser contaminado por estas substâncias tóxicas, vez que estas podem ser excretadas do organismo humano pelo leite materno.

Inácio Pereira fala que, em termos de intervenções pelo poder público de saúde, poucas iniciativas têm sido efetivadas, quer de promoção, quer de cuidado à saúde da população frente a este fator de risco, às doenças dele decorrentes ou à morte.

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Ele lembra que a Secretaria Estadual da Saúde do Piauí (Sesapi), planejou monitorar a presença de agrotóxicos em leite materno, porém sem concretização, por questões estruturais, para a oferta deste serviço, ausência de metodologia de análise e de laboratório. Foi por isso que Inácio Pereira Lima foi estimulado a realizar a pesquisa, para avaliar a contaminação do leite materno, pelo produto de maior comercialização no estado do Piauí, que é o herbicida glifosato e seus sais derivados pela relação direta da maior oferta, maior o risco de exposição da população, como pelo potencial deletério à saúde da população, podendo causar várias doenças, inclusive o câncer.

“Para conhecer a dimensão deste fator de risco na saúde da mulher, avaliou-se a contaminação do leite materno pelo agrotóxico glifosato em puérperas atendidas em estabelecimentos públicos do Piauí, expressando por meio dos achados as respostas para as seguintes perguntas de pesquisa: “existe contaminação do leite materno pelo agrotóxico

glifosato?”, e “sendo confirmada a contaminação do leite materno por esta substância, como se comporta sua distribuição?”, explica Inácio Pereira Leite.

Ele explica que o estudo pode servir de instrumento para a tomada de decisões pela gestão do sistema de saúde, tanto na aplicação do método de análise desenvolvido na rotina do serviço de saúde, como para a vigilância e atenção à saúde da mulher e da criança, exposta a este fator de risco.

Efeitos dos agrotóxicos podem causar câncer e má formação

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O pesquisador Inácio Pereira Leite aponta que considera-se dose letal a concentração de substância capaz de matar uma pessoa adulta, mas, reconhece, que tal entendimento é criticado em estudo mais recente sobre a concepção de dose letal como faixa de segurança para humanos, por considerar que uma pessoa ao ingerir agrotóxico até o limite de DL estabelecido em cada classe/grupo, pode não morrer de forma súbita, mas evoluir de forma gradativa já que todos os agrotóxicos causam dano à saúde humana independente da classificação toxicológica.

Explica que os agrotóxicos são classificados também quanto a grupo químico em: organofosforado, organoclorado, carbamato, piretróide, triazina, e outros. Tal classificação serve de base para direcionamento de condutas de cuidado para pessoas acometidas de intoxicação. Quanto à finalidade de combate às pragas, os agrotóxicos se classificam em praguicida, fungicida, herbicida, raticida, acaricida, molusquicida, nematicida e fundgante.

O pesquisador mostra em seu estudo e diz que quanto aos efeitos sobre a saúde humana, os agrotóxicos podem causar doenças e mortes na população, podendo estas se manifestar de forma aguda ou crônica. Por sua vez, tanto os profissionais como os serviços de saúde carecem de preparo para a detecção e manejo adequados, implicando em importante subnotificação de casos, com estimativa de para cada caso notificado, 50 deixam de ser notificados, mascarando seu real impacto na saúde humana. Entre os efeitos destacam-se: infertilidade, impotência, abortos, malformações, neurotoxicidade, desregulação hormonal,efeitos sobre o sistema imunológico e câncer.

Agrotóxicos podem

provocar abortos

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O pesquisador Inácio Pereira Lima, em sua dissertação “Avaliação da contaminação do leite materno pelo agrotóxico glifosato em puérperas atendidas em maternidades públicas do Piauí”, apresentada no Mestrado, feito no Programa de Pós-Graduação em Saúde da Mulher, do Centro de Ciências da Saúde (CCS), da Universidade Federal do Piauí, informa que os agrotóxicos, mesmo aqueles pertencentes à classe IV, de baixa toxicidade, como é o caso do glifosato, pode provocar lise na membrana celular, comprometer o metabolismo e os eritrócitos humanos e causar efeitos danosos à saúde humana de forma tanto aguda, como crônica, incluindo aborto.

De acordo com a pesquisa, no organismo da mulher a mama se constitui um local receptivo à acumulação de agrotóxico a partir da formação anatômica constituída por tecido gorduroso. Uma vez instalado e em combinação com a formação do leite materno na fase gravidez/puerpério, constitui-se em risco tanto para a saúde da mulher, como da criança em fase de amamentação.

A pesquisa de Inácio Pereira Lima foi realizada na Maternidade; Dona Evangelina Rosa (MDER), situada em Teresina; Hospital Regional Deolindo Couto (HRDC) , situado na cidade de Oeiras, e Hospital Regional Dirceu Arcoverde (HRDA) situado na cidade de Uruçuí.

Ele explica que as três cidades foram escolhidas para sua pesquisa porque estavam em um Plano Estadual de Vigilância de Populações Expostas a Agrotóxico, elaborado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), onde os municípios prioritários foram definidos com base em áreas de cultivo agrícolas, agregados por territórios de desenvolvimento. Por este plano, o município de Uruçuí, enquanto sede do território de desenvolvimento Alto Parnaíba, foi a região com maior área de cultivo agrícola, enquanto o município Oeiras, sede do território de desenvolvimento Vale do Rio Canindé, foi a região com menor área de cultivo agrícola.

“Dessa realidade resolveu-se desenvolver esta pesquisa nas maternidades situadas nos dois extremos de áreas de cultivo agrícola do Piauí, incluindo-se ainda a MDER por ser a única maternidade de referência do Piauí para procedimentos de alto risco gravídico-puerperal”, afirmou Inácio Pereira Lima.

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MDER – A Maternidade Dona Evangelina Rosa em Teresina fez 9.770 partos de gravidez única, 184 de gravidez dupla, 4 de gravidez tripla e 178 sem informação sobre o tipo de gravidez, totalizando 10.136 partos;

Hospital de Oeiras – O Hospital Regional Deolindo Couto fez com 779 partos de gravidez única, 5 de

gravidez dupla e 6 sem informação sobre o tipo de gravidez, totalizando 790 partos.

Hospital de Uruçuí – O Hospital Regional Senador Dirceu Mendes Arcoverde fez 294 partos de gravidez única e 2 partos de gravidez dupla 296 puérperas com partos.

O pesquisador afirmou glifosato é um agrotóxico derivado da glicina, assim como seu derivado AMPA, apesar de abolido seu uso em diversos países, o Brasil ainda o utiliza, sendo uma das principais fontes de intoxicação humana no meio rural.

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O AMPA por ser um derivado primário da degradação ou metabolismo do glifosato, sua presença em leite materno demostra a degradação do glifosato pelo metabolismo de plantas onde foi aplicado, particularmente na preservação do plantio da soja, podendo ainda demonstrar a degradação microbiológica do glifosato em água contaminada resultante de atividades econômicas desenvolvidas nas regiões de grandes áreas plantadas, como a cidade como Uruçuí onde a área plantada de soja respondeu no ano de 2016 por 64,2% de toda área plantada do grupo de lavoura temporária.

“A presença do glifosato no leite materno indica que deve ocorrer uma contaminação direta por este agrotóxico ou que as quantidades utilizadas na atividade agrícola da região pode ser tão elevada que o excesso não foi degradado pelo metabolismo das plantas ou microbiológico, sugerindo novos estudos para quantificar o teor de glifosato e AMPA em alimentos produzidos, bem com nos mananciais e locais de fornecimento de água potável a população. De forma análoga, a constatação da contaminação do leite materno pelo agrotóxico glifosato e seu principal metabólico AMPA em puérperas de municípios do Piauí consolida a ameaça que o crescimento econômico do binômio atividade agrícola versus consumo de agrotóxicos representa para a saúde da mulher e da criança, sugerindo ser incorporado ao planejamento e prioridades do sistema de saúde como problema de saúde pública universal, tanto pelos achados neste estudo em municípios de alta e baixa atividade agrícola do Piauí, como estudo realizado no Brasil e em outros países.

Ao serem indagadas se já tinham tido contato com agrotóxico, apenas o grupo de mulheres que deram luz em Uruçuí, com 30,8% das participantes, relatou manejar objetos usados no trabalho com tais substâncias, seguido das que não manejavam, mas viviam próximas a estes produtos com 23%, e as demais puérperas relataram não ter contato com agrotóxicos.

“Praticamente todas as puérperas dos municípios de Teresina e Oeiras relataram não ter contato com agrotóxicos”, disse Inácio Pereira Lima. Ele afirmou que ao analisar a variável Adoeceu por Intoxicação, apenas no município de Uruçuí houve confirmação por 7,7% das puérperas, enquanto que nos demais municípios esta confirmação ficou inferior a 5%.

“Nas duas variáveis anteriores é possível haver viés de informação por parte das participantes, podendo ser tanto por desinformação sobre sinais e sintomas de intoxicação por agrotóxicos, como pela possibilidade de intoxicação assintomática”, afirmou Inácio Pereira Lima.

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Primíparas – Sobre o número de gestações, as primíparas foram maioria em Teresina e Uruçuí, e em Oeiras houve maioria para as puérperas com duas gestações. Gestações primíparas foram as mais presentes em recente estudo sobre contaminação de leite materno por agrotóxicos.

No que se refere ao número de aborto, 25,3% das puérperas de Teresina relataram ter tido entre 1 e 4, seguido das puérperas de Uruçuí com 23,1%. O percentual de aborto em Oeiras foi 11,1%, considerado coerente com a região de menor consumo de agrotóxico.

Inácio Pereira Lima diz que das informações relacionadas à criança, a característica sexo revelou maioria para o gênero masculino nos grupos de puérperas dos municípios de Teresina e Uruçuí, coerentes com parâmetros esperados para a razão de sexo ao nascer, diferente do município de Oeiras, onde o sexo feminino foi maioria.

Os resultados da característica Peso ao Nascer demonstraram importante proporção de crianças com baixo peso nos grupos de Teresina (26,2%) e Uruçuí (14,3%). O baixo peso ao nascer é definido pela OMS como todo nascimento vivo com peso ao nascer inferior a 2.500 gramas, sendo fatores determinantes a prematuridade geralmente atrelada a fatores maternos e retardo de crescimento intrauterino associado a fatores socioeconômicos desfavoráveis.

A última característica estudada foi a Situação de Saúde da criança ao Nascer. Nesta, o grupo de crianças de puérperas vinculadas ao estabelecimento MDER revelou que 37,4% nasceram com algum problema de saúde, seguidos por 15,4% das crianças de puérperas do estabelecimento HRDA. Todas as crianças de puérperas do estabelecimento HRDC nasceram saudáveis”, conclui Inácio Pereira Lima.

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Fonte: Meio Norte

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