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‘Globo envenena o país e dissemina o ódio’, diz Paulo Henrique Amorim

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O jornalista Paulo Henrique Amorim participou na noite desta quarta-feira (12/11), no Cine Teatro da Assembleia Legislativa do Piauí, do lançamento do seu livro “Quarto Poder”, que conta sobre os bastidores do jornalismo do Brasil e a influência de grandes veículos de comunicação, principalmente, na política nacional.

“O livro é minha visão de como se construiu e se desenvolveu a industria da televisão comercial no Brasil. E acrescendo a essa narrativa o meu testemunho como repórter, faço inclusive de uma maneira que eu considero até certo ponto original, com a reprodução fotográfica dos meus caderninhos de repórter. São documentos que vão desde o ex-presidente Juscelino até o presidente Lula no segundo turno da eleição dele. Encerro aí a minha narrativa, para que depois possa escrever o outro livro”, explica Amorim, ao resumir sua publicação.

Ele, que também é blogueiro, confessa que Roberto Marinho, que comandou a Rede Globo até 2003, é o principal personagem de seu livro. Depois de comentar sobre o episódio que quase levou a sua demisão – quando em uma matéria rombo foi confundido com roubo – Paulo Henrique menciona uma das ordens do empresário que foi também um dos homens mais influentes do Brasil. “Das ordens que ele dava a Armando Nogueira, diretor de Jornalismo, sobre como fazer o Jornal Nacional, uma delas dizia: não quero preto e nem destentado no Jornal Nacional”. Amorim completou ainda dizendo que a imprensa hoje sofre com a “hegemonia da Globo, que além de envenenar o país, dissemina o ódio”.

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O evento foi organizado pela Frente Brasil Popular e contou com a presença de militantes de diversos movimentos sociais da capital. O governador Wellington Dias (PT) também marcou presença no lançamento e fez elogios ao jornalista. “Sou um dos admiradores do Paulo Henrique, e uma das coisas necessárias para muitas profissões, e jornalismo é uma delas, é a ética profissional. Avalio que a gente vive uma crise neste campo. Não há como justificar que um jornalista use seu talento, sua profissão e seu diploma, para escrever coisas sem provas. É por isso que você [Paulo] se destaca neste ambiente, pela ética, pela coragem. Agradecemos por ter tirado um pouco de sua agenda para vir ao Piauí, você é sempre muito bem vindo”.

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Voltando a falar sobre a hegemonia da Globo, Paulo Henrique Amorim afirmou que “ninguém desafia o primeiro poder”, e ressaltou a posição de enfrentamento escolhida pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola. “Só um político brasileiro de dimensão presidencial desafiava, e foi Leonel Brizola. Nas duas campanhas que ele perdeu por causa da Globo, dizia com seu sotaque gaúcho, ‘quando eu sentar naquela cadeira, a primeira coisa que farei na manhã do primeiro dia, será questionar aquele monopólio’. Quando Lula ganhou a eleição, a primeira cadeira que ele sentou foi na cadeira do Jornal Nacional ao lado da Fátima quando a Fátima ainda não vendia presunto. E a primeira cadeira em que a Dilma sentou depois que ganhou a eleição, foi no programa da Ana Maria Braga para fazer uma omelete que não deu certo”, afirmou.

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GLOBO NÃO MOSTRA REVOLUÇÃO EÓLICA DO PIAUÍ
Amorim disse ainda que a “supremacia exagerada e anormal, hipertrofiada” da Rede Globo “pinta o Brasil como se fosse um país de safados, de canalhas, Brasil sujo, sórdido e incompetente”.

“Esse é o Brasil. Vocês jamais verão na Globo a revolução da industria eólica no Piauí, jamais verão a revolução do Cerrado com a produção de grãos. E eu e muita gente desta sala que quando estudou geografia só se dizia que se produzia grãos nas zonas temperadas. Vá lá no sul do Piauí, no sul do Maranhão, Oeste da Bahia, norte do Tocantins, no meio do semi-árido, da caatinga como estive agora, não tem um miserável, não tem um pedinte na rua. Não tem mais pau de arara. Isso não aparece na Globo”, disse ao comentar sobre a monopolização do conteúdo veiculado pela emissora dos Marinhos.

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Já respondendo às perguntas da plateia, o jornalista adiantou que o nome de seu próximo livro será “Não me calaram”, já tratando sobre a judicialização do seu trabalho como jornalista.

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Publicado Por: Fábio Carvalho\180Graus

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