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“O Estado brasileiro criminaliza a população negra”, diz professora

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O Brasil comemora nesta quarta-feira (20), o Dia Nacional da Consciência Negra. A data foi lembrada em sessão solene na Câmara Federal ontem e terminou causando polêmica. O deputado Coronel Tadeu (PSL-SP) arrancou à força um cartaz com críticas ao genocídio negro e à Polícia Militar. O cartaz em questão exibia uma charge do cartunista Latuff, na qual um rapaz negro aparece morto enquanto um policial militar se afastaria carregando uma arma. A arte integrava a exposição (Re)Existir no Brasil – Trajetórias negras brasileiras, que visibilizava a morte de jovens negros.

Para a professora universitária Sueli Rodrigues, o que o Estado brasileiro tem feito permanentemente é criminalizar essa população.

“Essa população não tem saída. Essa população não tem outra coisa para fazer. Nem que não viole a lei é tratada como criminosa. Um preto andando na rua ele já é suspeito. Outro dia prenderam um branco recheado de droga e a imprensa divulgou que era um estudante, sendo que ele tinha abandonado a universidade fazia era tempo”, afirmou em entrevista à TV Cidade Verde.

Segundo a professora, atos discriminatórios estão introjetados na população. “Uma pessoa negra é encontrada com cigarro de maconha ela é traficante. A polícia é educada para enxergar só as pessoas negras e digo mais: não é só a polícia. É a polícia e a sociedade. Se você encontra um preto você muda de calçada. Se encontra um branco que pode até te assaltar, você não muda de calçada. São valores que estão introjetados”, desabafou.

Ainda de acordo com Sueli, a população negra não foi inserida em nada pós abolição da escravatura. “Veio a lei de terra para dizer que eles não iam ter um palmo de terra. Não tem casa, teto, emprego e ainda cria o crime de vagabundagem, ela não pode ser vagabunda”, finaliza.

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Fonte: Cidade Verde

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