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Feira da Castanha em Jaicós movimenta mais de 1 milhão de reais semanalmente

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Todas as segundas é grande a movimentação na praça Geraldo Coutinho Lélis, situada no Centro da cidade de Jaicós. Isso porque é lá que semanalmente acontece a popular “Feira da Castanha”, um dos segmentos da feira livre da cidade, que é uma das maiores do interior do Piauí.

Ainda pela madrugada, compradores e vendedores começam a chegar para a comercialização da castanha de caju. Durante toda a manhã, diversas pessoas passam pela praça, que fica rodeada de veículos, em sua maioria caminhões, carregados de sacos de castanha.

Além de Jaicós, cidades como Picos, Massapê, Alagoinha, Pio IX, Geminiano, Belém do Piauí, Campo Grande, Padre Marcos e Itainópolis, são envolvidas na comercialização. A castanha que é comprada na feira em Jaicós, é vendida para estados como Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Gerando renda para produtores e famílias, a feira da castanha na centenária cidade de Jaicós movimenta semanalmente mais de 1 milhão de reais, contribuindo assim para aquecer a economia local.

Elias Tertuliano da Rocha, de 62 anos, compra castanha na feira de Jaicós há mais de 15 anos. Ele é da cidade, natural da localidade Pau do Inxuí, mas atualmente reside em Geminiano.

“Em cada feira compro mais de 10 mil quilos de castanha, levo duas carradas de castanha. Hoje estamos pagando 3,60 no kg de castanha mais fraca, seca; e 5 a boa, que é a verde. A gente procura trabalhar para ajudar os menores, mas aqui tem pessoas com preços diferentes também, chegando até a R$ 3,30” explicou ele.

Elias vende as castanhas em Fortaleza. No mesmo dia, eles viajam para a capital cearense levando o produto. “Compro toda segunda e levo pra Fortaleza, pra onde a gente vende geralmente ganhando só 20 centavos a mais por quilo. Assim que acaba a castanha aqui a gente já viaja. Chego aqui na feira 4 horas da madrugada, com os quatro trabalhadores que tenho. Quando acaba a gente viaja, e só chega de volta em Geminiano na madrugada seguinte”.

A comercialização da castanha é fonte de renda para diversas famílias, e uma atividade que é repassada por gerações. Jônatas Brito, de apenas 20 anos de idade, trabalha na área junto com o pai. Ele, atua há 3 anos, o pai, há cerca de três décadas.

“É de família já, vem de vô, pai, e vai seguindo. Pretendo continuar trabalhando aqui enquanto estiver vivo. Graças a Deus não preciso sair da minha cidade em busca de trabalho. A castanha é nossa principal atividade. A gente tem também a roça no Croazal, e a de lá a gente vende só aqui mesmo”.

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Eles residem na cidade vizinha de Massapê, e todas as segundas vem a Jaicós para compra e venda da castanha. “Toda segunda a gente compra cerca de 4 a 5 mil quilos, no período que tem mais. Quando diminui, é uns 2 mil quilos. Trabalhamos só aqui na feira de Jaicós e tem um lucro bom. A gente compra e já vende aqui também no mesmo dia”.

José Augusto Alves, é da Baixa do Manoel Velho, zona rural de Jaicós, e há 10 anos vende castanha na feira. “Vendo cerca de 10 sacos por mês, toda feira a gente está por aqui. Hoje vendi uns 150 quilos, a 3,50 e 5 reais. Praticamente minha família inteira trabalha com a castanha. Além disso, a gente atua só com abelha e feijão” destacou ele.

Da cidade de Alagoinha, Adilson Nunes trabalha na feira de Jaicós há 35 anos, onde compra mais de 100 toneladas de castanha mensalmente. “É uma feira boa, se compra muita castanha, da microregião é uma das maiores. No mês, compro umas 100 toneladas, da mão de vários produtores, e é transferido para as contas do pessoal uns 200 mil reais a cada feira”.

Adilson Nunes atua junto com o filho, e tem também cerca de 20 trabalhadores. “São umas 20 pessoas trabalhando. A gente compra aqui e vai toda pra Fortaleza. Além de Jaicós, trabalho também na feira de Campo Grande, Vila Nova, Pio IX, mas a melhor e maior, é a de Jaicós. Aqui a gente chega 5 horas e sai uma, duas horas da tarde, levando três caminhões cheios, graças a Deus”.

Há 3 anos, Alberto Antônio da Costa vem da cidade de Picos para comprar e vender castanha em Jaicós. “É uma feira muito boa, tanto para comprar, quanto para vender. Eu faço Campo Grande, Monsenhor Hipólito, mas não chega nem há 1/4 da feira daqui. E para o pessoal daqui que vende é muito importante, porque gera renda pro município. Eu compro aqui e mando pra fora, Fortaleza, Rio Grande do Norte”.

No mês de agosto, conforme relatado pelos vendedores, é o melhor período para a comercialização, onde o preço do quilo da castanha chega até a R$ 6,50 na cidade. “Hoje o preço tá mais baixo porque tem muita castanha. Aqui praticamente tá acabando, mas tem muita castanha fora, aí geralmente baixa. Hoje a castanha seca é R$ 3,50 e a verde 5. Na alta, a verde chega a R$ 6,50 e a outra a R$ 5” concluiu.


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