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POLÍCIA

Promotor pede condenação de oito pessoas por morte de policial do Bope

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O promotor de Justiça Regis Marinho vai apresentar na terça-feira (17) ao Tribunal de Justiça seu parecer sobre a investigação da execução do policial Claudemir Sousa, morto quando saía da academia na Zona Sul de Teresina. Nesta segunda-feira (16), o promotor falou que vai pedir a condenação por crime hediondo para oito pessoas suspeitas de participação na execução do policial.

O Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) indiciou nove pessoas, mas segundo Regis Marinho, este nono suspeito deverá responder apenas pelo crime de falso testemunho porque não reafirmou o depoimento que disse à polícia. Todos os envolvidos estão presos, entre eles, a namorada da vítima, apontada pela polícia como coautora do assassinato.

Para o promotor, não há dúvida sobre as participações do envolvidos.“Foi estabelecida uma pena para cada um dos citados, mas os mandantes e executores do assassinato tiveram as penas maiores e podem ficar presos por até 30 anos, por conta da forma como o crime foi premeditado e executado. A vítima não teve condições de reagir”, falou.

Policial foi morto quando saia de academia, na Zona Dul de Teresina. (Foto: João Cunha/G1)Policial foi morto quando saia de academia, na
Zona Dul de Teresina. (Foto: João Cunha/G1)

Segundo o  promotor, a motivação do assassinato foi um triângulo amoroso, uma vez que a mulher mantinha um relacionamento ao mesmo tempo com o policial e o acusado de ser o mandante do crime, um funcionário da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) que ofereceu o valor de R$ 20 mil pela execução.

“No dia seguinte ao crime foi encontrado na casa do mandante quase R$ 13 mil, o que nos leva a crer que este dinheiro seria usado no pagamento dos envolvidos no crime”, disse Regis Marinho.

No dia do crime
Claudemir Sousa foi morto a tiros no dia 6 de dezembro quando saia da academia onde treinava no bairro Saci, Zona Sul de Teresina. Entre os presos está a namorada da vítima, apontada pela Polícia Civil como coautora intelectual da morte do militar.

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Delegado Gustavo Jung (Foto: Ellyo Teixeira/G1)Delegado Gustavo Jung, responsável pelo inquérito
(Foto: Ellyo Teixeira/G1)

“A motivação profissional seria pelo fato de nas investigações foram encontrados indícios de que ela e o suposto mandante realizavam fraudes ao INSS. O receio dos dois é que o policial atrapalhasse de alguma forma o esquema, caso tomasse conhecimento”, disse o delegado Gustavo Jung, responsável pelo inquérito.

A Polícia Civil do Piauí finalizou o inquérito policial ainda em dezembro. Além das sete pessoas suspeitas presas um dia após o crime, foram indiciadas a diretora de uma unidade de saúde de Teresina (namorada da vítima), e um instrutor de autoescola.

Prisões
Um dia após o crime cinco homens suspeitos de participar da morte do policial e uma mulher que teria avisado os atiradores foram presos.

De acordo com o secretário de segurança, Fábio Abreu, um dos suspeitos usava tornozeleira eletrônica e a partir do monitoramento dele os policiais chegaram aos demais envolvidos no assassinato, inclusive, ao mandante, que é funcionário da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Também entre os presos está um taxista, apontado como o agenciador dos atiradores.

A sétima pessoa presa admitiu ter sido contratado para matar Claudemir Sousa e que receberia R$ 5 mil pelo serviço. A informação foi confirmada pelo capitão Paulo Silas, comandante da Companhia do Independente do Promorar.

G1

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