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POLÍTICA

“Bolsonaro deveria se despir de toda raiva e preconceito”, diz Lula

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O ex-presidente Lula concedeu entrevista aos jornalistas Juca Kfouri, Talita Galli e José Trajano, da TVT, nessa quarta-feira (15/01), em  que falou sobre as eleições municipais, o papel do PT na construção das alianças e a conjuntura econômica e política sob o governo Bolsonaro.

“O ideal seria que quando alguém assumisse o posto de presidente da República, ele se despisse de toda raiva e de todo preconceito. E entendesse que agora ele governa para 200 milhões de pessoas. E que o Estado precisa governar para quem mais precisa”, disse Lula sobre a postura do governo Jair Bolsonaro.

Imagem: Reprodução

Ao citar a decisão mitigada do governo em reajustar o salário mínimo apenas pelo índice da inflação, Lula lembrou que durante o seu governo o salário mínimo ganhou aumento real de R$ 74%.

“Não é possível aceitar que este país tenha gente passando fome outra vez. Em nome de tudo que possa ser sagrado, não é possível um país do tamanho do Brasil ter gente passando fome. Não é possível o presidente da República ficar regateando se vai dar R$ 1.039 ou R$ 1.045 de aumento do salário mínimo. Ele só tem que saber que no meu governo o salário mínimo aumentou 74%. Ele só tem que saber que no meu governo, 94% das categorias de trabalhadores que fizeram acordos salariais ganharam acima da inflação. Ele só tem que saber que é possível e é bonito as pessoas tomarem café, almoçar e jantar todos os dias”, afirmou o ex-presidente.

Lula reafirmou ainda que não terce contra o governo Bolsonaro. “Porque se dá errado quem perde é o povo. Eu não quero que um trabalhador fique esperando dois anos na fila do INSS pra se aposentar”, disse.

Eleições municipais

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Sobre as eleições municipais, Lula defendeu que a militância petista deve fazer uma campanha mostrando o legado deixado pelas gestões do partido. Citando os governo de Luiza Erundina, Marta Suplicy e Fernando Haddad, o ex-presidente enfatizou que o partido foi o que “mais fez pela cidade” e presisa ir para as ruas defender esse legado.

Ao ser questionado sobre os nomes que se apresentam e a cobrança por renovação, Lula respondeu: “Quem sabe a gente tem uma novidade”.

Ele elogiou os nomes que estão na disputa, como Carlos Zarattini, Nabil Bonduki, Alexandre Padilha e Jilmar Tatto. E ainda elogiou a ex-prefeita Marta Suplicy, sem dizer que prefere a ex-petista, apenas afirmando que tem um carinho pessoal por ela..

“Quando um exército entra em guerra você depende dos generais que você tem. O PT precisa ir pra rua, entrar nos bairros e mostrar o que fez pela cidade. Você tem dúvida, por exemplo, de que a Marta, Erundina e Haddad foram os melhores prefeitos aqui em São Paulo?”, indagou.

Numa análise crítica, Lula disse que a sigla não pode repetir o erro de 2016.

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“Nós perdemos quando não nós defendemos. O PT em 2016 ficou receoso de ir pra rua. Quando você leva seu cachorro pra passear e alguém late pra ele, ele tem que latir mais alto e não colocar o rabo entre as pernas. Quando você tem um problema, você não se esconde, você enfrenta”, defendeu.

Eleições 2022 e alianças

Sobre as eleições presidenciais de 2022, o ex-presidente disse que não descarta a construção de uma frente ampla progressista. Ao ser questionado se apoiaria uma chapa tendo Flávio Dino, governador do Maranhão pelo PCdoB, encabeçando, Lula afirmou: “É possível. Sim, é possível”.

Lula afirmou acreditar na construção de uma “frente ampla”, mas disse não considerar que isso inclua todos os espectros da política.

“Hoje eu acho que é possível criar uma frente ampla para conquistar de volta a soberania nacional, mas quando você olha no espectro político, você vê que no Congresso o Guedes aprova tudo que quer”, afirmou. “O PT tem alianças amplas até demais”, disse.

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Huck

Lula criticou a virtual candidatura do apresentador Luciano Huck à presidência e rebateu a tese daqueles que colocam o global no espectro da esquerda.

“O Luciano Huck não representa a centro-esquerda, ele representa a Rede Globo de Televisão. Quem da centro-esquerda está apoiando ele? Na verdade ele está sendo discutido pelo dono da Ambev, o novo formador de quadros políticos do Brasil”, disse Lula.

Fonte: Brasil247

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