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Atividades religiosas mudam rotina nos presídios do Piauí

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“Tenho visto Deus mudar muitos companheiros aqui dentro e é isso que eu quero”, relata Carlos Jardiel, detento da Penitenciária Regional Irmão Guido, em Teresina. Uma das diretrizes de trabalho da Secretaria de Justiça do Piauí (Sejus) é o incentivo a atividades religiosas nas unidades prisionais do Piauí, como forma de ressocializar.

Hoje, mais de 15 instituições religiosas promovem, regularmente, diversas ações nas penitenciárias do Piauí, de acordo com informações da Coordenação de Assuntos Religiosos da Sejus. Para o secretário Daniel Oliveira, o apoio espiritual visa à humanização e pacificação das unidades prisionais e o adequado processo de reintegração social.

“Todos os dias, a fé resgata pessoas nas prisões. Muitas vezes, a religiosidade é o primeiro passo para uma mudança mais profunda. Notamos que aqueles que participam das atividades religiosas têm melhorado, consideravelmente, o comportamento e se interessado mais pelo trabalho e estudo”, pontua o gestor.

Em outubro deste ano, a Casa de Custódia e a Penitenciária Feminina de Teresina receberam a imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, que veio de Aparecida, em São Paulo, e visitou vários lugares do Estado. A imagem visitou os pavilhões das unidades e os detentos tiveram contato direto com ela.

“A gente não estava acreditando que ela realmente viria. Sou devoto da santa e acredito que ela fará um milagre na minha vida. Ao tocá-la senti um alívio e uma paz profunda no meu coração”, diz o detento Robson Santos, da Casa de Custódia. A socióloga Socorro Godinho explica que o apoio espiritual muda o comportamento dos detentos.

“As internas estão visivelmente mais calmas, solidárias e compreensivas. Vemos o apoio espiritual como elemento integrador dentro dos presídios. Há séculos, a fé é objeto de estudo para a ciência e seu poder transformador é inegável. Não seria diferente em nossas unidades prisionais”, observa Socorro, que é diretora da Penitenciária Feminina.

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Detentos da Irmão Guido são batizados

Trinta e dois reeducandos da Penitenciária Irmão Guido foram batizados, em outubro, pela Igreja Pentecostal do Brasil para Cristo. O pastor Wheberson Carlos, que acompanhou a celebração do batismo, afirma que a Igreja está feliz pelo espaço para evangelização na unidade.

“Acreditamos no poder do evangelho e temos vários testemunhos de como ele pode mudar a vida das pessoas para melhor. Salvar vidas compartilhando o evangelho é a nossa missão”, diz o pastor.

Luís Pereira, detento da Irmão Guido que passou a participar de atividades religiosas dentro da penitenciária, afirma que teve a sensação de liberdade quando começou a praticar o evangelho.

“Tive que chegar até o fundo do poço para aceitar a Jesus na minha vida. Hoje, pelo meu bom comportamento, já posso trabalhar ajudando na limpeza e no evangelismo”, conta Luís.

A coordenadora de religiosidade da Sejus, Layla Leônidas, explica que a meta para 2016 é ampliar o acesso a atividades religiosas dentro de todas as unidades. “Estamos abertos a parcerias com órgãos religiosos, acreditamos que todos ganham com este trabalho, os internos e a sociedade” pontua Layla.

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