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MPF investiga denúncias contra maternidade pública no Piauí
O Ministério Público Federal (MPF) está investigando denúncias contra a Maternidade Dona Evangelina Rosa, após o Ministério Público Estadual ajuizar ação na Justiça Federal na sexta-feira (6). Um relatório da diretoria técnica do hospital apontou que a falta de insumos e medicamentos ainda não foi regularizada. O Conselho Regional de Medicina (CRM) e MP estabeleceram até o dia 18 de julho para a direção regularizar a situação.
Em junho, uma comissão de fiscalização visitou a maternidade e constatou problemas na estrutura física e falta de medicamentos e materiais para exames. No mesmo mês, três casos de mortes de mulheres por infecção foram confirmados pela promotoria.
Diante das denúncias, o CRM chegou a decretar indicativo de interdição ética e a direção da Maternidade Dona Evangelina Rosa prometeu tomar medidas emergenciais para investigar os casos suspeitos de infecção hospitalar. Um relatório da Comissão de Controle Hospitalar (CCH), da própria maternidade, já alertava sobre o aumento do número de infecções, principalmente nos casos de feridas operatórias, e que a limpeza terminal (para a desinfetar o ambiente de bactérias) não estava sendo realizada.
Na última sexta-feira (6), o Ministério Público Estadual ajuizou ação na Justiça Federal. Ao G1, o procurador Kelston Lages confirmou que o MPF está levantando as informações e deve, até a próxima sexta-feira (13), ter um posicionamento oficial.
“Estamos colhendo informações, os fatos são sérios, graves, que requerem medidas urgentes. Então estamos colhendo informações para finalizar”, explicou Kelston Lages.
Relatório aponta que problemas continuam
De acordo com a presidente do Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM/PI), Miriam Parente, um relatório da diretoria técnica do hospital aponta que alguns dos problemas continuam. Caso a situação não se resolva até o dia 18 de julho, pode ser decretada interdição ética.
“A gente tem um relatório emitido pela diretoria técnica do hospital mostrando que não foi resolvida ainda a situação. A parte estrutural continua sem a reforma adequada que a gente pediu, faltando mais insumos ainda do que quando a gente foi, faltando mais medicamentos, o laboratório não teve a contratação efetiva para substituir o problema dos exames na maternidade. De uma maneira geral, a situação parece mais grave que antes”, disse Miriam Parente.
A promotora de Justiça Karla Daniela, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS), declarou que as denúncias continuam. “Estão fazendo realmente uma manutenção no centro cirúrgico, com previsão de entrega na data de a nova inspeção no dia 18 de julho, mas as denúncias continuam a chegar de que é grave a situação”, citou.
Fonte: G1
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