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Professores em greve ocupam pátio da Seduc em protesto contra governo

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Cerca de 200 professores ocuparam na manhã desta quinta-feira (3) o pátio da Secretaria Estadual da Educação (Seduc) em Teresina. Os docentes protestam contra a decisão do Tribunal de Justiça do Piauí que determinou a volta de 70% da categoria às salas de aula em 48 horas e também contra as atitudes tomadas pelo governo diante do movimento grevista.

A decisão foi tomada pelo desembargador Francisco Antônio Paes Landim na quarta-feira (2). Além do retorno às salas, ele determinou que a categoria, em greve há 18 dias, não poderá ocupar qualquer prédio público. Se a liminar não for cumprida, uma multa será aplicada no valor de R$ 100 mil por dia.

Odeni Silva diz que sindicato não recebeu notificações da Justiça (Foto: Catarina Costa/G1)
Odeni Silva diz que sindicato não recebeu
notificações da Justiça (Foto: Catarina Costa/G1)

De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (Sinte), Odeni Silva, a categoria ainda não foi notificada de nenhuma decisão e o movimento irá continuar. No entanto, ela garante que após o recebimento da ordem judicial o sindicato vai recorrer imediatamente.

Docentes ocuparam pátio da Secretaria de Educação (Foto: Catarina Costa/G1 PI)
Docentes ocuparam pátio da Secretaria de
Educação (Foto: Catarina Costa/G1 PI)

“Independente de decisão, vamos continuar lutando pelos nossos direitos. O que o governo vem fazendo é ilegal e abusivo. O não cumprimento da lei do piso é inconstitucional e a decisão de dar o reajuste somente para uma parte que está em sala de aula é mais ilegal ainda”, disse ela questionando o anúncio do governo de pagar o reajuste apenas para os professores que estão trabalhando.

Odeni também condenou o corte do ponto dos grevistas determinado pelo governador Wellington Dias (PT) e afirmou que essa é mais uma tentativa do governo de intimidar os trabalhadores da educação.

“Querem nos amedrontar com ameaças, inclusive, determinando o corte do ponto. Dia 14 desse mês teremos uma audiência no Tribunal de Justiça e tudo o que já foi apresentado de proposta nós vamos avaliar, mas não aceitamos o pagamento parcelado”, adiantou.

O advogado do Sinte, Carlos Mateus, disse que o governo está tentando jogar a responsabilidade para a sociedade. Segundo ele, como nenhuma notificação foi recebida o movimento grevista é legal e por isso vai continuar, pois os docentes querem apenas o cumprimento do aumento previsto em lei.

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“É um direito do trabalhador o cumprimento da lei do piso e em momento algum ela permite pagamento parcelado. O pagamento tem que ser em parcela única e com data base para o mês de janeiro”, explicou.

Docentes ocuparam pátio da Secretaria de Educação (Foto: Catarina Costa/G1)
Professores não concordam com parcelamento do reajuste (Foto: Catarina Costa/G1 PI)

Ao todo a rede estadual conta com 260 mil estudantes matriculados em cerca de 600 escolas. O Sinte afirma que dos 23 mil professores algo em torno de 18 mil estão com as atividades paradas em todo o Piauí. Um deles é a docente Angelita de Almeida, que leciona em uma escola no bairro Piçarreira, Zona Leste de Teresina.

“Acredito que se o governo negociar em tempo hábil os alunos não serão muito prejudicados, pois ano passado começamos e período letivo em 15 de março e mesmo assim conseguimos concluir. Infelizmente os alunos são os mais afetados e a responsabilidade é toda do governo”, falou.

 

G1

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