Encarar prova do Enem como “vida ou morte” é um erro, diz especialista

Apesar da prova de redação já ter sido feita, para muitos candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) o pior ainda está por vir. Neste domingo (12), será a vez do teste de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, com a matemática, disciplina temida por muitos e que pode gerar ansiedade nos estudantes. Mas o ideal é que a preocupação excessiva seja evitada e o teste não seja encarado como “vida ou morte”.

“É importante que o estudante encare de forma mais natural, encarar como uma prova. Tem gente que às vezes vai fazer esse tipo de exame e acha que é a prova da vida da pessoa, isso não é legal. Isso gera uma ansiedade, uma expectativa maior”, disse o psiquiatra Vicente Gomes, em entrevista no Acorda Piauí, da Rádio Cidade Verde, nesta sexta-feira (10).

“O que não é legal é criar uma grande expectativa. Achar, por exemplo, que essa é a última prova, a única chance que ele tem na vida. Não. É encarar como mais uma prova”, acrescentou o especialista.

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O psiquiatra alerta que essa tensão a mais pode provocar o famoso “branco”, o esquecimento de um conteúdo durante a prova. “Essa expectativa contribui para uma ansiedade a mais e pode prejudicar, sim, o desempenho do candidato”.

O especialista recomenda que o candidato evite muitas leituras de última hora. “É importante cada um colocar-se no seu limite. Não é o momento mais mais de sobrecarga, de exagero”, disse o psiquiatra, que sugeriu também um bom descanso na véspera da prova. “Uma boa noite de sono é fundamental para que o aluno esteja no outro dia bem focado. O cérebro precisa desse período de descanso”.

As orientações de Vicente Gomes não se restringem ao estudante. Os pais também são importantes no processo e devem trocar a cobrança pelo estímulo. “É importante que a família apóie, oriente. Às vezes a família cobra, mas é uma cobrança normal, natural, e o filho pode entender isso como uma pressão. Essa pequena pressão é até saudável, positiva”.

Fonte e foto: Cidade Verde