Encerra hoje decreto que determina baixa no preço do milho, diz Conab

Encerra hoje o decreto baixado em 2012, por portaria interministerial, que determina o valor do fardo de 60 quilos do milho a R$ 18,00. O superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Manoel Araújo, informou não saber se a decisão pelo baixo preço vai ser prorrogado, mas ressalta que esta seria uma boa alternativa para ajudar os produtores que tiveram um ano difícil em 2013 com a falta de chuva.

“Não sei o que eles vão decidir, pode ser que na semana seguinte eles resolvam manter o preço, mas a princípio, depois de hoje, já no dia 29, o preço já deva voltar para um valor próximo ao de mercado”, explicou Manoel Araújo. O milho no comércio está custando de R$ 40 a R$ 45, e a Conab trabalha com um valor aproximado de R$ 30 a R$ 35.

O superintendente explicou que os ministérios da Fazenda, Planejamento e Agricultura decidiram baixar decreto com a diminuição do preço do produto após muitos produtores serem prejudicados com a seca. “Eles prorrogaram várias vezes o decreto, não sei como vão agir agora. Na minha opinião acho que eles deveriam manter o preço, para que a população possa se reestabelecer”, ressalta Manoel Araújo.

Ele explica ainda que o valor de R$ 18 está sendo pago para aqueles com plantel de até três mil, já os que tem três mil e um até seis mil compram a R$ 21.

O fornecimento do grão também tem sido uma preocupação constante para a Conab. Antes do decreto que baixou o preço do milho, a Companhia piauiense só possuía quatro mil agricultores cadastrado e depois passou para 41 mil nos meses seguintes. Como a procura aumentou bastante, Manoel Araújo informou que muitos pontos estão sem grão estocado.

Alguns agricultores estão na fila de espera para aguardar o produto chegar, já que a procura tem sido intensa. “Não é que estamos sem, temos uma pequena quantidade guardada, mas não consegue suprir a necessidade. Já fizemos pedidos, como o produto vem do Mato Grosso e de Goiás está demorando um pouco para chegar”, informou. Porém mesmo com os pedido, Manoel Araújo explica que a Conab não consegue atender a demanda da forma suficiente.

 

Fonte: PortalAZ