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Mulheres ocupam apenas dois a cada 10 cargos de gerência no Piauí, diz IBGE

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Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) neste 08 de março, Dia Internacional da Mulher, apontam que o Piauí ainda precisa avançar muito quando se trata de representatividade feminina em posições de liderança. Isso porque, no estado, apenas 22,8% das pessoas em cargos de gerência são mulheres. Essa é a menor proporção entre todos os estados do Brasil.

Os dados, referentes ao ano de 2022, mostram que, as menores proporções também são observadas no estado de Goiás, com 26,1%, e no estado do Ceará, com 28,5%. Já o maior percentual de mulheres em cargos de gerência ocorre no estado do Acre, onde 58,6% dos cargos de liderança são ocupados pelo gênero feminino.

Segundo o IBGE, o estado do Piauí sofreu uma queda drástica nesse índice em apenas um ano. Para se ter uma ideia, em 2021, o Piauí figurava em terceiro lugar na participação de mulheres em cargos de gerência, dentre todos os estados do país. Em 2021, as mulheres eram maioria nesses cargos, com 54,5% das mulheres ocupando posições de lideranças nas empresas piauienses.

Contudo, não é negativa apenas a falta de representatividade feminina em posições de liderança. O valor que essas mulheres recebem para ocupar esses cargos também refletem o quanto se precisava avançar para, de fato, atingir a equidade de gênero. No Piauí, mulheres que ocupam cargos de gerência ganham 35% a menos do que os homens. Em 2022, o rendimento médio das mulheres piauienses em cargos de gerência era de R$ 4.063, enquanto o dos homens era R$ 6.343.

Mulheres também são minoria nas forças policiais

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Segundo o IBGE, haviam 7550 policiais militares e civis no Piauí em 2022. Destes, apenas 705 eram mulheres, um índice de 9,3%. Esse é o terceiro menor percentual do país, ficando atrás apenas dos estados do Ceará (7,1%) e Rio Grande do Norte (5,3%). Ao todo, eram 445 policiais militares mulheres e 260 policiais civis mulheres no ano de referência.

Vale lembrar que o artigo 10, § 3º, da Lei 3.808, de 16 de julho de 1981, e a Lei Complementar 35, de 6 de novembro de 2003, e o artigo 2º da Lei 5.023, de 21 de novembro de 1998, ambos do Estado do Piauí, determinam que são reservadas às mulheres até 10% das vagas oferecidas no concurso público para ingresso na Polícia Militar do Piauí. A limitação foi derrubada em fevereiro deste ano pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu que os concursos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Piauí estabeleçam limites para o ingresso de mulheres. A nova norma deverá valer para os próximos concursos.

Mulheres dedicam quase 80% a mais de tempo em afazeres domésticos do que os homens

O estudo “Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, publicado pelo IBGE, traz indicadores que apontam que no Piauí, em 2022, os homens, de 14 anos ou mais de idade ocupados no mercado de trabalho, ainda dedicavam 11 horas semanais aos afazeres domésticos e ao cuidado de pessoas. Esse mesmo indicador para as mulheres foi de 19,5 horas dedicadas semanalmente, ou seja de 8,5 horas a mais que os homens, o equivalente a um acréscimo de 77,27% de horas a mais. No Brasil, os homens dedicavam as mesmas 11 horas semanais que os piauienses àquelas atividades, contudo as mulheres do país dedicavam 17,8 horas semanais, cerca de 1,7 hora semanal a menos que as mulheres piauienses.

Sob a ótica da cor ou raça no Piauí, percebemos que as mulheres pretas ou pardas ocupadas no mercado de trabalho dedicavam 20,1 horas semanais aos afazeres domésticos e ao cuidado de pessoas, enquanto as mulheres brancas dedicavam 17,5 horas, ou seja, 2,6 horas a menos que as mulheres pretas ou pardas.

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No Piauí, numa análise por sexo considerando a mesma cor ou raça, temos que as mulheres pretas ou pardas ocupadas no mercado de trabalho dedicavam 20,1 horas semanais aos afazeres domésticos e cuidados de pessoas enquanto os homens pretos ou pardos dedicavam 10,7 horas, ou seja, 9,4 horas semanais a menos que as mulheres, o equivalente a quase 47% de horas a menos. Por sua vez, as mulheres brancas dedicavam 17,4 horas semanais àquelas atividades enquanto os homens brancos dedicavam 11,9 horas semanais, ou seja, 5,5 horas semanais a menos que as mulheres, o equivalente a cerca de 32% de horas a menos.

Fonte: Portal O Dia

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