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POLÍCIA

Caso de primeira-dama assassinada no Piauí tem reviravolta. Veja!

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Os depoimentos de uma vizinha, a lavradora Sebastiana Francisca da Silva, e dos familiares de Gercineide Monteiro como o de sua mãe, Raimunda Félix de Sousa Monteiro, de 63 anos, estão provocando reviravolta no caso do assassinato da primeira-dama de Lagoa do Sítio (230 km de Teresina), ocorrido no dia 10 de fevereiro, pelo qual estão presos como acusado o ex-prefeito José de Arimateas Rabelo, o Zé Simão, e empregada doméstica da residência do casal, Noêmia Maria da Silva.

Sebastiana da Silva e Raimunda Félix de Sousa Monteiro e seus filhos foram falar com representantes do Ministério Público Estadual e do Poder Judiciário, em Teresina, mas ficaram assustadas porque promotora de Justiça passou a questionar se os depoimentos não teriam sido “comprados”. Raimunda Félix acredita que não precisa de dinheiro de ninguém e está procurando a verdade porque o relacionamento de Gercineide Monteiro e Zé Simão era tão amoroso que o ex-prefeito não poderia ter assassinado a ex-primeira-dama.

Sebastiana Francisca da Silva mora em uma residência, com banheiro externo, que fica atrás da residência de Zé Simão, na região central de Lagoa do Sítio. Ela gravou, em áudio e vídeo, um depoimento no qual revela que na manhã de terça-feira, dia do assassinato de Gercineide Monteiro, Noêmia da Silva e seu marido, Chico Motinha, que também trabalhava da casa do ex-prefeito e da ex-primeira-dama, passaram para a casa de Zé Simão por volta da 1h da madrugada e não demorou muito tempo, eles voltaram.

“Eu até falei assim: o que é que esse casal caça uma hora dessa no meio da rua?”, fala Sebastiana Francisca da Silva.

Ele conta que quando o dia acabou de amanhecer, Zé Simão passou indo para a roça, mais ou menos às 5h30, e buzinou seu veículo e passou.

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“Eu falei assim: o Zé Cebola (outro apelido de José de Arimateas Rabelo, que também era conhecido como Zé Simão). Aí, eu entrei para dentro e voltei aí a Noêmia ia subindo com Chico Motinha, de moto. Aí não passou muito tempo, eles subiram, faltando cinco minutos, mais ou menos, às 6h da manhã eu ouvi uma explosão. Aí, o Chico Motinha ficou um tempo, aí voltou para trás. Aí ela ficou. Ela chegou na casa de Zé Simão antes das 6h de manhã. Aí, o Chico voltou e aí a vizinha veio aqui perguntar se eu sabia que a Gercineide tinha morrido. Eu disse que não sabia ainda. Aí, ela disse:pois, ela morreu. Aí eu fiquei calada, vim cuidar de meu meni no. Aí, eu comecei a dizer para meu cunhado quer tinha sido matado. Aí o meu cunhado disse para eu ficar calada. A polícia ia chegando em minha casa e eu calei a boca. Inclusive, eu já estava com duas vezes que eu encostava na Delegacia (de Polícia), mas tinha medo. Aí, eu só vi o pessoal conversar e pensando que não era daquele jeito”, declarou Sebastiana Francisca da Silva.

“Eu vi Chico Motinha vindo da casa dele e subindo para a casa do Zé Simão, de madrugada. Ele nem chegou a entrar dentro da casa. Eles (Chico Motinha e Noêmia da Silva) iam para lá e parecem que se arrependeram. Depois, o vi faltando 5 minutos para às 6h da manhã. Na hora do tiro foi 5 minutos para às 6h da manhã, não foi de madrugada. Zé Simão passou para a roça dele e não passou 10 minutos, eles, o Chico Motinha e a Noêmia, passaram para a casa de Zé Simão. Quando foi naquela coisa, eu ouvi um estrondo. Eu disse para meu filho aqui: houve um papoco ali na casa de Zé Simão. Meu filho disse: cala a boca que aqui é tiro de bombinha. Eu disse, houve um tiro na casa de Zé Simão, e meu filho disse: é tiro de bombinha”, contou Sebastiana Francisca da Silva.

Raimunda Félix de Sousa Monteiro disse que seu genro, Zé Simão, não deve nada e está sofrendo na prisão por seu acusado de matar a mulher, Gercineide Monteiro.

“Eu não vou dizer que ele (Zé Simão) matou ela (Gercineide Monteiro) porque eles tinham uma convivência maravilhosa. Boa. Minha filha, a moça, que fica com os dois meus netos (filhos de Zé Simão e Gercineide Monteiro), ia casar no dia 10 de abril, e dizia que quer um casamento igual ao de Zé Simão e Gercineide, porque eles eram felizes. Eu e as outras pessoas dizem que não foi ele porque ele é uma boa pessoa. Ele nunca agrediu ninguém, era amigo de todo mundo. Ele tinha uma casa aqui em Lagoa do Sítio e outra na Barra das Baixas e tinha sempre muita gente nas duas casas direto. Ele fazia comida a frangalho, era merenda. Todo mundo era lá junto com ele. Quando ele via uma pessoa, batia no ombro da pessoas e dizia: e aí cidadão, naquela alegria. Ele nunca falou alterado com ninguém, estava casado há 14 anos com minha filha e eu nunca soube de nada de agressividade, de brigas. Minha filha dizia: eu tenho inveja de Gercineide com Zé Simão, quando eu me casar, eu quero ter uma vida boa daquele jeito. Era como se fossem dois namorados, eles sempre beijando na boca do outro, fazia carinho e cantava para ela. Quando é nada terça-feira, a menina amanhece morta com um tiro no ouvido. Ele nem sabia que era tiro. A médica chegou lá e perguntaram que quem morre de aneurisma ou infarto sai sangue pela boca e pelo ouvido, pelo nariz. Ela disse depende, e foi a inspecionar e disse: ‘Zé Simão, é um tiro e foi no pé do ouvido, por trás’. Ele disse: ‘eu não acredito, não, pelo, amor de Deus, quem foi matar minha mulher, pelo amor de Deus. Ninguém não sabe. Eu me pego a Deus toda hora para Deus desvendar esse mistério. Eu não quero me vingar de ninguém, eu sou uma crente, eu sou uma evangélica, eu creio em Deus. Eu fico sem acreditar que tenha sido ele (Zé Simão) porque era aí de dentro de casa, estava aqui na calçada de casa mais nós, brincando com nós. Se fosse uma pessoa que se dissesse: não é uma pessoa ruim, mas não, foram 14 anos de casamento nesse ritmo de bem com ela. Eu não digo que foi ele quem matou filha filha”, falou Raimunda Félix de Sousa Monteiro.

 

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Fonte: Meio Norte – Efrém Ribeiro

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