No Senado, Ciro defende maior rigor na punição de motoristas alcoolizados

Em discurso realizado na noite desta quarta-feira (06), o senador Ciro Nogueira defendeu a rigidez na punição dos culpados pela morte  dos jovens Bruno Queiroz e Francisco das Chagas Júnior, vítimas fatais de um grave acidente de trânsito ocorrido no mês passado, em Teresina. O senador pediu a agilidade na discussão do projeto de lei que altera dispositivos do Código de Trânsito Brasileiro e trata sobre crimes cometidos na direção de veículos automotores, agravando as penas previstas atualmente.

Francisco das Chagas Junior, 31 anos, seu irmão Bruno Queiroz, 30 anos; e o amigo Jader Damasceno, de 25 anos, saíam do café em que trabalhavam quando o veículo em que estavam foi colhido fatalmente em um cruzamento por um veículo conduzido por um jovem de 27 anos, alcoolizado, que nada sofreu. Bruno morreu no local. Junior foi socorrido, mas não resistiu e morreu no hospital; apenas Jader sobreviveu e se recupera.

“Venho a esta tribuna não só para lamentar essas irreparáveis perdas. Quero dizer, entre outras coisas, que o fato não foi acidente, pois acidentes são inevitáveis. Tramita aqui no Senado o Projeto de Lei da Câmara 144/2015, que está sendo apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça. Faço um apelo para que esse projeto, já discutido amplamente na Câmara dos Deputados,  seja rapidamente discutido nesta casa”, destacou.

O parlamentar destacou também que uma das alterações propostas pelo projeto tornariam as penas mais severas, ao prever a reclusão de quatro a oito anos do motorista alcoolizado. Caso o crime resultar em lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a punição seria a prisão de dois a cinco anos, sem prejuízo das outras penas. “Ou seja, quem atropelou e matou sob o efeito de álcool ou droga estará sujeito a um rigor maior da Lei”, informou.

Ciro solicitou ao relator do projeto na CCJ, senador Aloysio Nunes (PSDB/SP), celeridade na apresentação do relatório para que a matéria seja votada o quanto antes.

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