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Polícia encontra depósito clandestino com materiais roubados da Eletrobras e Cemar

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A Polícia Civil descobriu um depósito clandestino de material roubado da Eletrobras-Piauí e Cemar (Companhia de Energia do Maranhão). O depósito foi localizado após uma denúncia anônima de um dos envolvidos do esquema, que ainda não foi identificado. Segundo o setor de fiscalização da Secretaria de Fazenda, o material está avaliado em R$ 4 milhões. A polícia estourou o depósito na manhã desta terça (02) e prendeu em flagrante o proprietário do local,  Ednaldo Rodrigues da Silva, o Baiano.

Um dos envolvidos nos crimes fez uma denúncia através de um vídeo em que mostrava o depósito cheio de mercadorias roubadas. O esquema funcionava da seguinte maneira: um homem identificado como José Araújo, Chefe de Depósito da Conserv – empresa que presta serviços para Eletrobras -, dava início ao desvio.

Segundo o chefe de investigação do 7º Distrito, Adonias Lopes, ele tinha como função realizar pedidos de material para consertos e reparos da iluminação pública de diversas cidades piauienses, como Miguel Alves, União e Teresina.

Dentre o material roubado estavam cabos, para-raios, isoladores, lâmpadas, escadas, dentre diversos outros equipamentos utilizados pelas companhias elétricas.

“Ele fazia então falsos encaminhamentos solicitando diversos tipos de materiais elétricos que na verdade iam para o proprietário do depósito encontrado em Teresina”, declarou o chefe de investigação.

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Ele informou que Araújo já vinha atuando nesse esquema desde junho do ano passado e que deve ter recebido cerca de R$ 20 mil durante esse período.

Abraão Filho, da Coordenação de Fiscalização Itinerante (COFIT) da Sefaz, informou que somente uma das empresas lesadas estimou o prejuízo em cerca de R$ 800 mil. “Levando em conta todo o material que estava no depósito, podemos dizer que o prejuízo soma pelo menos R$ 4 milhões”, destacou.

A Sefaz e policiais da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Ordem Tributária e as Relações de Consumo (Deccoterc) estiveram no local apenas companhando a ação do 7º DP. A Sefaz poderá autuar as empresas por descaminho caso recuperem mercadorias sem nota fiscal. Inicialmente, será necessário fazer um levantamento completo do material.

Depósito

O proprietário do depósito, identificado como Baiano, trabalhou durante um longo período no Troca-Troca e será autuado por receptação. O material que chegava até ele era revendido para a população comum e para outras empresas de pequeno porte. “A pretensão dele era montar uma loja aqui onde funcionava o depósito. Ele ia revender esse material”, acrescentou Adonias.

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“Eu trabalho e tenho um dinheiro do meu serviço e economizo e aí construí o galpão”, afirmou Baiano. Ele vai responder ainda por posse ilegal de arma de fogo (foi encontrado no galpão uma pistola com trinta munições).

Os materiais apreendidos seguiriam até a cidade de Madeiro e José de Freitas, onde a empresa é responsável por fazer um trabalho de regularização de ligações elétricas clandestinas, empresa contratada pela Eletrobras do Piauí.

O chefe de investigação destacou ainda que mais pessoas devem ser presas por participação no esquema. A polícia acredita que havia participação de funcionários da Eletrobras e da Cemar no roubo das mercadorias. Outro funcionário conhecido como Jonh Eric também deve ser indiciado.

“O Araújo trabalhava há 1 ano e 8 meses na Conserv e antes disso, trabalhou na Cemar em Timon e aqui no depósito há muito material com origem na empresa maranhense. Acreditamos que ele já atuava nesses furtos há mais tempo e que atualmente havia outras pessoas dando continuidade aos crimes”, explicou o chefe de investigação, Adonias Lopes.

“Eles pegavam o marterial, davam baixa no almoxarifado, para ser entregue em uma cidade onde estava sendo feita as instalações. Essa mercadoria não chegava lá, até porque o gerente, que era quem deveria receber a carga, já estava sabendo de toda a situação e o chefe do setor, também estava sabendo. Eles recebiam duas vezes por mês, de 15 em 15 dias, de R$ 2.500 pela mercadoria. Só que, na realidade, seria mais de R$ 50 mil, cada material que o Baiano recebia”,  disse o delegado titular do 7º DP, Carlos Jorge, o Jorginho.

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Falta do material na Cemar

O diretor executivo de manutenção da Cemar, João Paulo Viana, informou que a empresa já vinha sentindo falta de material: cabo para ramal, isoladores, parafusos e material de iluminação pública.

“A empresa já havia sentindo falta desse material, acreditamos que tenha participação de ex-funcionários ou servidores terceirizados de Timon, São Luís e Caxias e vamos abrir procedimentos para investigar. Estamos abrindo procedimento administrativo no Maranhão para investigar e o 7º Distrito do Parque Alvorada irá fazer a parte policial”, declarou o diretor executivo.

Dois caminhões foram fretados para levar o material para o 7º DP para procedimentos policiais.

 

 

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