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Empresária reconhece suspeita de se passar por médica no Piauí e procura Justiça para cobrar dívida

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Uma empresária, que preferiu não ser identificada, registrou Boletim de Ocorrência (B.O.) contra Iaponyra Soares Pereira de Sousa e Silva, presa no dia 16 de maio, em Teresina, por exercício ilegal da medicina. A advogada Lianna Leal disse ao g1, nesta segunda-feira (23), que a empresária reconheceu a suspeita na imprensa. A defesa de Iaponyra não foi encontrada para comentar o caso.

“Ela reconheceu que se tratava da mulher que ela conheceu há cerca de um ano e meio, a quem vendeu algumas peças de roupa e calçados e que na hora de pagar ela afirmou estar com um problema no cartão e pediu para pagar depois”, contou a advogada.

De acordo com Lianna Leal, a suspeita disse ser uma médica neurologista que atendia em diversos hospitais da capital, como uma forma de ganhar a confiança da empresária. “Minha cliente havia conhecido ela por outras pessoas e, para não perder a venda, acabou pedido para ela assinar uma nota promissória”, relatou.

Depois disso, a empresária afirma nunca mais ter visto Iaponyra, até ficar sabendo da sua prisão. “Minha cliente tentou contato com ela diversas vezes e ela sempre dizia estar de plantão, que estava ocupada, que iria pagar, mas nunca pagou”, disse a advogada da vítima.

Lianna Leal e a empresária procuraram o 8º Distrito Policial de Teresina, no Bairro Dirceu Arcoverde, e oficializaram a denúncia contra Iaponyra, por estelionato. Além disso, a advogada disse ao g1 que prepara uma petição para cobrar judicialmente a dívida.

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Entenda o caso

Falsa médica é presa em flagrante na sede da OAB — Foto: Divulgação/OAB-PI
Falsa médica é presa em flagrante na sede da OAB — Foto: Divulgação/OAB-PI

Iaponyra foi presa na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PI). Segundo a denúncia da Comissão de Direito da Saúde e da Ouvidoria da OAB-PI e do Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI), ela se apresentou para membros da entidade como neurologista e queria ministrar uma palestra sobre saúde mental no órgão.

O médico e presidente da Comissão de Direito da Saúde, Williams Cardec, conhecia a médica que teve os dados utilizados pela falsa profissional. A profissional atua em Miguel Alves. Após comprovar a farsa, ele entrou em contato com o CRM-PI.

“Fizemos uma busca nos nossos arquivos e verificamos que o número do CRM que ela utilizava pertencia a outra pessoa. Acionamos a Polícia Federal e ela foi presa em flagrante, e agora vai prestar esclarecimentos para a Justiça”, informou o Williams Cardec.

No dia 17 de maio, um dia após a prisão, o juiz federal substituto Brunno Christiano Carvalho Cardoso não viu necessidade de converter a prisão em flagrante em preventiva e concedeu liberdade provisória à suspeita.

O juiz afirmou que a prisão preventiva não seria necessária para garantir a ordem pública, visto que a mulher tentou ministrar uma palestra e não praticar medicina, “de modo que não pôs em risco a vida de terceiros”.

O magistrado determinou medidas cautelares, como: comparecimento periódico em juízo para informar e justificar atividades e proibição de ausentar-se da comarca.

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Fonte: G1 Piauí | Foto: Divulgação/Andrê Nascimento

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