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Polícia apura se avião que caiu em Teresina fazia transporte de drogas
A Polícia Civil do Piauí acompanha o caso do avião que caiu em Teresina na última sexta-feira (28/08), matando o piloto carbonizado. Em entrevista à TV Cidade Verde, o delegado Odilo Sena, titular do 21º Distrito Policial, informou o papel da polícia é no tocante à questão criminal.
“Como houve uma morte, a princípio, pode-se imaginar que foi um mero acidente, mas, além desse acidente, pode configurar uma situação de crime, por que isso? Uma série de atitudes tomadas tanto pelo piloto como pelo dono da aeronave, que são procedimentos fora da habitualidade, fora da legislação aeronáutica, que denotam que, da maneira que a aeronave foi retirada, da maneira que foi conduzida, comprada, retirada, sem autorização, sem certificação de voo, certificado de aeronavegabilidade cancelado, e outras tratativas por parte do dono indicado que ele queria regularização, mas o que ficou claro é que fez um remendo de legalidade para depois tirar a aeronave daqui ou fazer transporte de substâncias que a gente não sabe o que é”, disse o delegado.
Ele informou ainda que a aeronave foi comprada pelo dono há cerca de sete meses e na quinta o próprio dono entrou em contato informando que um piloto iria verificar o monomotor.
“Esse rapaz chegou, o cidadão por nome Leandro Holdefer, que faleceu no acidente, chegou por lá, numa atitude suspeita, não é uma pessoa conhecida dos pilotos de Teresina, tivemos a informação que ele fez o PP, que é o curso de piloto provado na cidade de Juiz de Fora, tentou fazer o PC, piloto comercial, em outra localidade, e segundo as informações a técnica dele era muito fala, de um principiante, essa aeronave foi liberada pelo dono, ele veio aqui, atitude suspeita, ele disse que ia ligar os motores pra verificar e pegou o avião e decolou sem autorização”, completou o delegado.
Odilo Sena disse que o aeródromo fez o piloto assinar autorizações se responsabilizando, mas que ele falsificou a assinatura e que houve falha humana, causando a queda.
“O Pará é um estado imenso e muito utilizado para o tráfico de drogas, esse avião foi comprado pelo preço de R$ 40 mil, muito barato, e carregado de problemas administrativos… O avião não tinha serventia, a não ser para tratativas ilícitas, como por exemplo, o transporte de tóxicos. O avião tem capacidade para 240 litros de combustível, ele tem uma autonomia de de quatro horas e meia de voo, provavelmente o lugar que ele iria era Novo Horizonte, no Pará, nesse avião daria mais ou menos três horas e meia de voo, não ia parar em lugar nenhum, ia para o lugar onde ele e o dono residem. Para aumentar a suspeita, o próprio dono não procurou o aeródromo depois que o seu avião caiu na mata”, completou.
Tanto o piloto como o dono da aeronave são do estado do Pará.
Assista ao vídeo da entrevista:
Fonte: 180Graus
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