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‘Acidente com 9 mortos aconteceu porque motorista tentou evitar colisão’, diz delegado

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O delegado Aldely Fontenele concluiu nesta sexta-feira (7) o inquérito policial que apurava as causas do acidente com ônibus de turismo, que deixou nove mortos e 18 feridos na BR-135, no Sul do Piauí. De acordo com as investigações, o motorista do veículo não teve culpa na tragédia e estava no limite de velocidade permitido na rodovia.

“Infelizmente, ele tombou o ônibus tentando evitar uma tragédia maior. Uma carreta que vinha na direção contrária invadiu a pista ao entrar na curva e para não colidir de frente, o motorista puxou para a direita e por conta do desnível da pista com o acostamento o veículo tombou”, revelou o delegado.

No dia 17 de junho, o ônibus de turismo com 28 passageiros e dois motoristas capotou na BR-135, no Povoado Paus, zona rural de Monte Alegre do Piauí, a 786 km ao Sul de Teresina. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os passageiros informaram que o ônibus saiu do Ceará, da cidade de Boa Viagem, e tinha como destino o estado de São Paulo.

A equipe que esteve no local destacou que praticamente todos os passageiros foram arremessados para fora do veículo, em consequência do não uso do cinto de segurança. Um desnível de 20 cm entre a pista de rolamento e o acostamento, segundo a PRF, pode ter contribuído para o acidente.

 Desnível de 20 cm pode ter contribuído para o acidente, segundo a PRF (Foto: Divulgação/PRF-PI)

Desnível de 20 cm pode ter contribuído para o acidente, segundo a PRF (Foto: Divulgação/PRF-PI)

A polícia agora aguarda o perito anexar os exames cadavéricos no inquérito para encaminhar o caso à Justiça. Conforme o delegado, todos os passageiros foram identificados e os feridos receberam alta hospitalar.

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“Até o caso do único passageiro considerado desaparecido após o embarque foi resolvido. Ele não aparecia na lista de feridos e nem de mortos, porque foi uma das cinco pessoas que saíram ilesas da tragédia”, explicou.

‘Rodovia da morte’

Desde janeiro deste ano, a PRF registrou 45 acidentes, que resultaram em 35 mortes na rodovia que atravessa o Sul do Piauí. Em estudo recente, o órgão comprovou que as péssimas condições de segurança da rodovia são alguns dos agravantes para o número elevado de acidentes na região.

“Temos de Elizeu Martins à Cristalândia um problema grande com falha na rodovia. São 18 km na BR-135 sem vias duplicadas, falta acostamento, em alguns pontos o desnível entre a pista e o acostamento chega a 30 centímetros e outros fatores ausentes. A largura normal de uma rodovia federal é de 7 metros e ali temos 5,8 metros, o que impõe várias situações de riscos para quem passa por ali”, revelou o superintendente Wellendal Tenório.

 Rodovia da morte registrou 45 acidentes este ano (Foto: Neyara Pinheiro)

Rodovia da morte registrou 45 acidentes este ano (Foto: Neyara Pinheiro)

Em decorrência de vários acidentes, o governo do Piauí divulgou ter conseguido junto ao Governo Federal a liberação de R$ 30 milhõespara obras na BR-135, que é conhecida como ‘rodovia da morte’. O presidente da Associação Piauiense dos Municípios (APPM), Gil Carlos, contou que a proposta é que sejam realizadas ações imediatas para amenizar o problema ao longo da BR-135.

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Ainda de acordo com Gil Carlos, a empresa já está no local e irá atuar com os R$ 30 milhões e mais R$ 70 milhões já disponíveis no contrato. “Acredito que assim possam se concretizar intervenções que amenizem o problema, mas a proposta é que de 2018 a 2020 haja novos recursos para toda a extensão da rodovia. Não irá resolver, mas irá amenizar a situação e, o mais importante, reduzir o número de acidentes e mortes que têm acontecido naquela estrada”, falou.

A configuração da estrada que tinha tamanho reduzido, ainda era de PI, mas passará por mudanças se adequando à sua nova nomenclatura e tamanho, já que agora é uma BR.

Fonte: G1 Piauí

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